CDL e órgãos de segurança discutem onda de roubos

A onda de assaltos que vem ocorrendo em Bento Gonçalves nos últimos dias motivou a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) a convocar uma reunião para falar de segurança pública na cidade. O encontro, realizado na tarde de quinta-feira, dia 7, na sede da entidade, mobilizou associados e autoridades do município. Montar uma comissão para cobrar uma atuação mais consistente do Governo do Estado e uma parceria com a Brigada Militar foram alguns dos resultados obtidos. O debate reuniu, além de representantes da Brigada Militar e Polícia Civil, membros dos Poderes Executivo e Legislativo e do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas).

De acordo com o presidente da CDL BG, Marcos Carbone, as principais reclamações apontadas são os assaltos que vem ocorrendo na cidade. Cobranças e sugestões deram o tom da conversa. “A gente sai daqui com algumas atribuições, inclusive a Brigada Militar se colocou à disposição, eles estarão intensificando o policiamento com barreiras e ainda darão instruções de segurança para os lojistas da nossa cidade”, diz.

Carbone cobrou mais atenção do Estado para com a segurança do município. “Segurança é uma competência do Estado. Nós estamos entre as 10 cidades com maior arrecadação do Rio Grande do Sul e as nossas reivindicações são simples: aumentar o efetivo de policiais e melhorar a segurança em nossa cidade. Precisamos também de um presídio, esse é um exemplo das nossas reivindicações. Não estamos pedindo nada que o nosso direito não nos reserve, pois são as empresas arrecadadoras que pagam os impostos e exigimos que o Estado dê sua contribuição”, reclamou.

Para o comandante do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º Bpat), a ideia é uma parceria entre órgãos de segurança e comerciantes para orientar sobre procedimentos e situações. “Nós podemos orientar, principalmente, os funcionários do comércio, para que se dificulte a ação desses delinquentes. Pelo modus operandi que nós temos verificado, pela quantia de dinheiro que é levada, na maior parte dos casos foi pelo descuido do próprio funcionário”, analisa.

“Então essas são informações e orientações que nós pretendemos repassar a esses colaboradores, para que eles possam trabalhar em parceria com a nossa instituição, e assim conseguirmos diminuir ou até mesmo acabarmos com essa situação, que digo, é momentânea”, afirmou Marinho. O comandante ainda disse que a prisão dos autores desses assaltos é uma questão de tempo.

Marinho explica que o crime é cíclico na cidade. “Em outras épocas nós tivemos outras situações que, com o trabalho em parceria com a Polícia Civil, nós conseguimos resolver. Estamos passando por esse momento difícil, mas nós entendemos que vamos superá-lo”, assegura.

O comandante do 3º Bpat afirma que os cuidados com a segurança também devem evoluir. “Nós temos que pensar que Bento Gonçalves não é a mesma cidade de 10 ou 20 anos atrás. Nós temos um grande número de pessoas chegando não só de outros estados, mas também de outros municípios e países. Cada dia você vê um prédio novo e bairros se criando. Isso, aliado ao alto poder aquisitivo do município, chama a atenção de delinquentes de outros locais para a agirem em nossa cidade”, alerta.

Segundo o presidente da CDL-BG, um dos encaminhamentos do encontro será a montagem de uma comissão que será formada para cobrar mais ações do governo do Estado. “Nós vamos fazer solicitações diretamente ao secretário de Segurança. Faremos também uma aproximação do comércio com a Brigada Militar. A Brigada dará dicas para nosso empresariado de como melhorar a segurança dos estabelecimentos”, afirmou Carbone.

Como resultado positivo, Marinho comenta a parceria que deve ser formada entre a Brigada Militar e o CDL. “Vamos iniciar um projeto de treinamento com os colaboradores dos empresários. Queremos também fomentar as barreiras, através do policiamento comunitário, juntamente com o POE. Nós esperamos, muito em breve, resolver essa situação”, assegura.

Segundo o comandante, cada caso acontecido está sendo estudado. Uma reunião entre os oficiais já foi realizada pelo comando da Brigada. “Nós temos percebido que estas ações são feitas por um grupo utilizando motocicletas e alguns veículos. Eles agem dentro daquela facilidade, que muitas vezes por desconhecimento o colaborador de uma empresa acaba se tornando uma vítima em potencial, por não adotar algumas medidas de segurança que seriam simples”, destaca.


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