Cemitério São Roque: expansão ainda em 2014
O aumento do número de sepulturas públicas em Bento Gonçalves pode dar um significativo avanço em 2014. Até o final do ano, a prefeitura pretende pelo menos iniciar a expansão do cemitério municipal do São Roque, único dos três que teria condições de receber obras de ampliação. Com a construção em um terreno da própria administração, ao lado da atual estrutura, devem ser ofertadas de 600 a 1.000 novas vagas.
Antes disso, ao longo do ano, a alternativa temporária que deve ser adotada pelo governo será a utilização de outros 100 espaços no empreendimento particular cemitério parque Jardim do Vale, localizado no bairro Santo Antão. As medidas são uma tentativa de minimizar o déficit verificado, principalmente, nos espaços públicos para sepultamento do cemitério Santo Antão e do São Francisco, o mais velho e lotado de todos.
A reestruturação no São Roque terá outra importante melhoria: o tratamento dos efluentes gerados pela decomposição dos restos mortais, o necrochorume. A ação é obrigatória para que os cemitérios da cidade obtenham licenciamento ambiental. “Já temos um projeto, que até março deve ser atualizado. Depois disso, poderemos fazer um orçamento e aí, então, pensar na obra”, explica o secretário-adjunto de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana, Vanderlei Mesquita.
Em setembro de 2013, o SERRANOSSA havia noticiado que das cerca de 3.000 gavetas públicas apenas 40 estariam disponíveis na época. A partir de então, o Poder Público tentou agilizar a desocupação de várias delas, que já excediam o tempo limite de seis anos, prazo que as famílias têm para dar outra destinação às ossadas. Entretanto, segundo Mesquita, esse número praticamente não mudou.
Guarda no Central
A Câmara de Vereadores aprovou nesta semana a abertura de um crédito de R$ 100 mil para contratação de, inicialmente, ao menos um guarda armado para a vigilância noturna do Cemitério Público Central, no São Francisco. O recurso será remanejado dentro do próprio orçamento da secretaria de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana.
De acordo com Mesquita, a medida é necessária em função de frequentes ocorrências de vandalismo e furtos em sepulturas, principalmente de peças em bronze. O secretário-adjunto destaca que há registros, inclusive, da presença de moradores de rua no local, em horários que o espaço não está aberto ao público. “Cercar seria algo menos eficaz, porque eles vão acabar entrando de qualquer jeito”, justifica.
Mesquita afirma ainda que há muitos outros casos em que, pela ausência de mais informações, não são feitos os Boletins de Ocorrência (BO) na delegacia. Muitas das situações ocorrem em mausoléus mais antigos, onde ainda há objetos de valor. “O problema maior não é, necessariamente, o prejuízo material. Isso mexe com os sentimentos das famílias. Se fôssemos computar apenas o prejuízo, sairia mais barato consertar do que colocar um vigia. Mas a questão é que envolve o respeito com essas famílias e precisamos fazer alguma coisa”, conclui.
Nos últimos meses, pelo menos três ocorrências chamaram a atenção para a falta de segurança no Cemitério Central. No dia 24 de outubro de 2013, a denúncia envolveu vários vidros de jazigos quebrados. Em 26 de dezembro, foram danos no revestimento de uma gaveta. Antes disso, em junho, uma ossada inteira foi roubada.
Reportagem: Jorge Bronzato Jr.
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