Centrais de negócios crescem 10,9%

Depois de um período de ajustes e de enxugamento no número de associados em 2012, as centrais de negócios voltaram a crescer acima da média do setor supermercadista gaúcho no ano passado, aumentando para 14,8% sua participação no faturamento total do segmento de supermercados no RS. Criado nos anos 80 com origem em Santa Maria, o modelo consolidou-se no Brasil e, em 2013, voltou a ganhar força no Estado. É o que aponta o Ranking Agas das Centrais de Negócios, divulgado nesta segunda-feira (16) pelo presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, estudo que mapeia o desempenho das 14 principais redes de compras do autosserviço do RS e aponta as tendências deste segmento para os próximos meses. O crescimento nominal no faturamento destas centrais em 2013 foi de 16,86% sobre 2012, o que significa um crescimento real de 10,9% – já deflacionado pelo IPCA/IBGE.

Segundo o levantamento, os mini e supermercados ligados às centrais de negócios gaúchas registraram, juntos, um faturamento total de R$ 3.269.978.699,00, quase 15% dos R$ 21,9 bilhões que passaram pelos caixas dos supermercados do RS em 2013. A participação destas redes, em 2012, era de 14,6% no total do setor. “O Ranking mostra a evolução das redes que, com menos associados, encontraram a fórmula para o crescimento sustentável. Este também é um sinal de que os pequenos supermercados têm um grande diferencial em relação aos grandes, que é a possibilidade do olho no olho com o cliente. Entender o consumidor é a regra número um do supermercado de sucesso”, justifica Longo.

A participação das redes de negócios supermercadistas no PIB Estadual também aumentou, passando de 0,95% em 2012 para 1,05% em 2013. Juntas, as 14 centrais de compras avaliadas pela Agas congregam 689 lojas e empregam diretamente 12.616 funcionários, um crescimento de 9% na mão de obra em relação ao ano anterior. Lançadas originalmente para que, juntas, as menores empresas conseguissem realizar compras em maior volume e negociar preços semelhantes aos praticados pelos fornecedores às grandes companhias varejistas, as centrais vêm ampliando seu leque, conforme o presidente do Comitê Agas das Centrais de Negócio, Cláudio Schwerz. “Hoje, as redes estão organizadas de modo a oferecer uma gama cada vez maior de serviços aos seus associados, como análises jurídicas, de marketing, auxílio de nutricionistas, realização de cursos e outras ações”, enaltece.

Segundo Schwerz, as lojas associadas às redes cresceram sobretudo devido a investimentos em ampliações de lojas, novas filiais, modernização e maior variedade do mix de produtos. “Os associados desfrutam do suporte da rede para crescer com segurança, sabendo que não estão sozinhos para enfrentarem os desafios do setor”, garante o presidente do Comitê das Centrais e da RedeCen, a “central das centrais”, que congrega as redes de compras do Estado. “Sabemos da responsabilidade das centrais de negócios na vida das empresas associadas, permitindo que pequenas, médias e grandes empresas gaúchas tenham folego e ainda consigam crescer em um panorama cada vez mais competitivo e concentrado”, conclui o cruz-altense.

O Ranking Agas das Centrais de Negócios de 2012 mostra, ainda, a evolução do desempenho destas companhias a partir do crescimento de índices como o seu faturamento por metro quadrado (que cresceu +8,17% em relação a 2012); o faturamento por funcionário (que aumentou +5,07% na comparação com o ano anterior, mesmo com um incremento substancial no número de colaboradores); e o faturamento por loja (+12,35%). O número médio de caixas por loja disponíveis aos clientes também aumentou 4%.

Os destaques – Juntas, as cinco maiores centrais de compras do Estado respondem por 71,26% do total do faturamento das redes e concentram 70,36% da mão de obra das centrais. As três redes que mais cresceram em 2012, na comparação com 2012 foram, pela ordem, a Rede União, de Erechim (+133,7%); a Rede da Gente Gaúcha, de Casca (+64,7%); e a GrandeSul, de Porto Alegre (+28%).

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