Parte das ruas Herny Hugo Dreher e Presidente Costa e Silva, no bairro Planalto, têm seu lixo recolhido por sistema mecanizado desde a última semana. No projeto-piloto da implantação do modelo, oito contêineres foram colocados, quatro para resíduos recicláveis e quatro para lixo orgânico, com capacidade de mil litros cada. De acordo com a secretaria municipal de Meio Ambiente (Smmam), o objetivo é que 400 pontos coletores sejam distribuídos em Bento Gonçalves até o próximo ano – a etapa seguinte contempla o Centro.
Após a avaliação dos 60 dias de teste, o próximo passo é estender a mecanização em 2015. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Luiz Signor, na área central do município, que detém a maior quantidade de resíduos domésticos, cerca de 160 contêineres devem ser instalados gradativamente, entre fevereiro e março. Até o fim do próximo ano, a meta é chegar a 400 recipientes coletores. O secretário garante que a conscientização e a orientação do uso pela comunidade também serão trabalhadas de forma mais intensa.
O bairro Planalto foi o escolhido para receber os primeiros contêineres por ter em seus arredores diversos estabelecimentos gastronômicos e de grande circulação de pessoas, principalmente aos finais de semana. Conforme Signor, alguns resultados já são perceptíveis nos primeiros dias de mudança. “Fizemos uma sensibilização no último domingo e já observamos uma melhoria”, avalia, sobre a quantidade de lixo, como garrafas e latas vazias, deixada pelos frequentadores do local.
Entre as vantagens esperadas com a coleta mecanizada, a principal é a redução na quantidade de resíduos nas ruas. Por serem fechados, os contêineres não deixam o lixo à vista e estimulam as pessoas a separá-lo corretamente. Os recipientes ainda impedem que os sacos sejam rasgados e deixem sujeira nas ruas e calçadas. Signor garante ainda que o sistema facilitará o trânsito, já que os caminhões fazem menos paradas e por tempo reduzido.
A empresa responsável pelo serviço em Bento Gonçalves, RN Freitas, já dispõe dos caminhões necessários para o recolhimento mecanizado, que ainda precisa de funcionários para a operacionalização. Já os contêineres constituem o principal obstáculo para a expansão do sistema. “Precisamos de recursos para adquirí-los, pois o custo é alto”, afirma o secretário.
Reportagem: Priscila Piletti
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