Chuva das últimas semanas beneficia agricultura

O mês de julho teve volume de chuva bem abaixo da média prevista. Enquanto a normal climatológica é de 158,6 milímetros, o acumulado chegou somente a 28,8 milímetros, conforme dados do Climatempo. Embora em pouca quantidade, as precipitações ocorridas no início de agosto minimizaram os impactos do déficit hídrico conforme o técnico da Emater, Thompson Didoné, e beneficiaram especialmente as videiras das variedades de brotação precoce.

Em relação ao frio, o cenário deste ano é bem diferente do inverno de 2016, quando houve registro de baixas temperaturas em vários dias, beneficiando a produção. Segundo Didoné, ainda é cedo para fazer qualquer projeção a respeito da quantidade e qualidade da safra, uma vez que não é apenas o número de horas de frio que interfere, mas também questões como o clima na hora da brotação e as características do solo.

Para as videiras de ciclo tardio, que necessitam de um maior número de horas de frio – período de temperatura abaixo de 7,2°C, que varia conforme o varietal –, Didoné explica que esse índice não foi atingido. “Entretanto, os produtores podem usar técnicas de compensação”, acrescenta. Embora ainda seja oficialmente inverno, o ideal neste estágio é que não ocorram mais temperaturas muito baixas, que são prejudiciais no início da brotação. “O frio deveria se concentrar no mês de julho. Agora é torcer para iniciar a primavera”, comenta.

Foto: Greice Scotton/Arquivo SERRANOSSA