Chuva reabre buracos nas rodovias da região

Trechos das rodovias RSC-470 e RSC-453, que recentemente receberam obras de recapeamento asfáltico, voltam a sofrer com problemas de buracos e descascamentos na pista. As fortes chuvas que atingiram a região na última semana foram suficientes para reabrir crateras que obrigam os motoristas e fazerem manobras arriscadas para desviar delas. Em diversos trechos de ambas as rodovias, buracos se formaram em sequência, impedindo uma área de fuga dos veículos. Em outros – caso da área conhecida como “curvas da morte” – a camada asfáltica parece estar se desmanchando. 

Segundo a assessoria de imprensa do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) chuvas fortes podem prejudicar recapeamentos antigos. A autarquia não informou sobre novos recapeamentos previstos para as rodovias, mas efetuou um fechamento improvisado nos locais mais críticos. Em nota, a assessoria apenas disse que os trechos em questão da RSC-470 e RSC-453 serão contemplados com obras de duplicação. Entretanto, não há previsão de quando o projeto sairá do papel. 

Enquanto a obra não começa, a recomendação do Grupo Rodoviário de Bento Gonçalves é que os motoristas trafeguem com prudência. “Os buracos são um problema crônico das nossas estradas e costumam surgir sempre nos mesmos locais. Pelo fato de as rodovias RSC-470 e RSC-453 não terem pedágio, isso acaba acarretando na circulação de um maior número de veículos pesados e com excesso de peso, o que provoca deterioração do asfalto, agravada pelo excesso de chuva”, destaca o soldado Júlio César Dariff. Ele ainda alerta os condutores sobre a importância de trafegar com os pneus devidamente calibrados, de respeitar a velocidade e de manter uma distância segura dos demais automóveis.

Problemas na ERS-431

Uma mobilização de diversos usuários da ERS-431 (rodovia que liga Bento Gonçalves a Guaporé) tem sido tema recorrente nas redes sociais. A principal reclamação diz respeito ao trecho próximo à localidade de Linha Colussi, que não possui pavimentação asfáltica. Os relatos incluem manobras perigosas que os motoristas precisam realizar para não estourarem pneus ou danificarem os veículos. 

O assunto foi tema de uma reportagem de capa publicada pelo SERRANOSSA em 15 de junho deste ano. Na época, a assessoria de comunicação do Daer, responsável pela rodovia, garantiu que o asfaltamento dos 2,8 quilômetros sem pavimentação deveria ser licitado em breve, com previsão de que as obras pudessem iniciar ainda em 2012. 

A ERS-431 está dividida em três trechos: do entroncamento com a RSC-470, em Bento Gonçalves, a Santa Bárbara, com 23 quilômetros de extensão; de Santa Bárbara a São Valentim do Sul, com 9,8 quilômetros; e de São Valentim do Sul ao entroncamento com a ERS-129, em Dois Lajeados, com 10,2 quilômetros. O primeiro trecho é o mais crítico da rodovia. Além de não haver pavimentação em 2,8 quilômetros, o Daer verificou afundamentos em seis pontos, que estariam relacionados a problemas de drenagem na rodovia.

Reportagem: Carina Furlanetto e Katiane Cardoso

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