CIC reune empresários para debater sobre mercado

Em um mundo cada vez mais corporativo, falar de fusões, aquisições e avaliação de empresas é pauta rotineira nas organizações. Empenhado em alcançar aos seus associados mecanismos para o desenvolvimento das empresas, o Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/BG) reuniu a classe empresarial para abordar o assunto de forma mais objetiva. Para isso, a entidade convidou o Grupo Corporate Finance da PriceWaterHouseCoopers, com larga experiência no tema para explicar como este processo ocorre e quais suas principais características.

O sócio do grupo, Fábio Niccheri, e o supervisor Tito Sousa de Carvalho, apresentaram as nuances que envolvem operações como estas na palestra-almoço realizada na segunda-feira, no Salão de Eventos da entidade. Segundo Carvalho, os grupos nacionais mantêm liderança nas transações que envolvem compra de participação. “O investidor estrangeiro está no mesmo patamar”, destacou. Hoje, as compras de controle representam 56% das operações, sendo predominantes quando o assunto é abertura de capital.

O perfil multissetorial do Brasil é uma realidade que favorece este tipo de transação. O grande destaque é a Tecnologia da Informação (TI) com 11% do bolo, seguida por alimentos, Químicos, Bancos, Varejo, Serviços Públicos e Serviços. De acordo com Niccheri, a regra básica para a prática de fusões ou aquisições é a rentabilidade e o potencial de crescimento. “Só se investe em uma empresa com alto poder de crescimento e rentabilização”, disse.

O ambiente econômico no Brasil é favorável, mas a cultura nos países da América Latina mostra que os empresários estão felizes quando são os donos do próprio negócio. Abrir capital ainda é uma prática a ser incorporada e aceita pela maioria das empresas. “O setor muito consolidado não é bom para ninguém. Quando é pulverizado é melhor”, alertou Niccheri, que ainda garantiu que o pior momento para vender é quando a organização está ruim.

Fatores como estagnação do mercado, mudanças tecnológicas, competição acirrada, problemas de sucessão, aposentadoria, recursos para crescimento e novos projetos também devem ser levados em conta no momento da decisão. O presidente do CIC/BG, Henrique Tecchio, fez questão de frisar que os desafios da indústria são grandes, mas que as oportunidades são muitas. “Vivemos em um mercado extremamente competitivo e, na nossa região, a cultura é da emoção, o que nem sempre é a melhor saída. Negócio se faz com a razão”, ressaltou.

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