Clima é favorável à colheita da Domno do Brasil
O mesmo clima seco provocado pelo fenômeno La Niña que preocupa o setor de grãos, leva aos produtores vitivinícolas a certeza de uma boa safra em 2012. Na Domno do Brasil, a colheita das variedades brancas foi iniciada nessa terça-feira, dia 10, já dando sinais de qualidade superior à safra passada. O enólogo da vinícola, Daniel Dalla Valle, destaca que os vinhedos estão em perfeitas condições de maturação e que, apesar de ainda ser cedo para previsões, as expectativas são de bons vinhos base para espumantes e vinhos a partir desta safra. “As uvas estão maturando muito bem, a quantidade está menor do que o ano passado, mas tudo indica que a qualidade vai superar 2011”, afirma.
A ocorrência espaçada de chuvas e as altas temperaturas formam o clima ideal para o maturação das uvas. E se no ano passado a Domno já observou uma boa safra para produção de espumantes, este ano promete ser ainda melhor, como comprovam os exemplares já colhidos das variedades Chardonnay e Pinot Noir, as primeiras a serem retiradas das videiras. “Deu pra perceber que a Pinot Noir está muito boa”, aponta Dalla Valle. Ele lembra, porém, que essa é uma impressão inicial das uvas, que ainda precisam ser levadas à fermentação para indicar qualidade dos vinhos elaborados com elas.
O enólogo argumenta que o momento da colheita também é fundamental para o resultado final dos vinhos e espumantes, e não somente as condições climáticas. Se o clima persistir na atual situação, as uvas tintas também devem ter qualidade superior a 2011. Na Domno do Brasil, o principal cultivo entre as tintas é a Cabernet Sauvignon, que deve ser colhida a partir da segunda quinzena de fevereiro, quando elas devem atingir o nível de açúcar ideal para elaboração de vinhos.
A última vez que o fenômeno La Niña havia resultado em uma safra tão positiva foi em 2005, ano que rendeu ótimos vinhos oriundos da produção gaúcha. Para Dalla Valle, essa situação não apenas deve se repetir, como pode ser até superada. “As uvas estão de iguais para melhores do que em 2005, é claro que a seca e o calor tiveram forte influência”, diz o enólogo.
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