Coleta de lixo custará R$ 1 milhão por mês
Aberta há poucos dias, a nova licitação para o serviço de coleta, transporte e destinação final do lixo produzido em Bento Gonçalves prevê que o gasto mensal da prefeitura com a atividade chegue próximo a R$ 1 milhão ainda neste ano. Nos últimos meses, de acordo com dados da secretaria municipal de Meio Ambiente (Smmam), a média de recursos públicos pagos à empresa RN Freitas – atual detentora da concessão – ficou em cerca de R$ 741 mil.
Ao longo de 2014, foram aplicados R$ 8,2 milhões no contrato. Se a média se mantivesse daqui para frente, 2015 encerraria com o uso de R$ 8,9 milhões para recolhimento e encaminhamento do lixo ao aterro sanitário da cidade de Minas do Leão e às associações de recicladores parceiras da administração.
A alta no valor pago pelo serviço, na avaliação do secretário de Meio Ambiente, Luiz Augusto Signor, é justificável pelo aumento na frequência com que alguns bairros de Bento passarão a ser atendidos. Em locais como o Centro, a Cidade Alta, o São Francisco e o Planalto o recolhimento será diário. “Não há como fugir de um valor como esse, principalmente em função da quantidade de lixo que estamos produzindo. Há muitos lugares em que, há dois ou três anos, tínhamos poucos moradores, e agora temos prédios com 50, 60 famílias”, analisa Signor.
Mesmo assim, o secretário projeta que o cenário local deva sofrer mudanças significativas nos próximos anos no que diz respeito à gestão dos resíduos. “Dentro de quatro ou cinco anos, vamos ter que chegar a outra dimensão e um dos caminhos é uma usina regional, como já estamos discutindo. Aí teremos o lixo gerando energia e biodiesel, por exemplo. É algo que está mais próximo do que pensamos, mas isso dependerá de parcerias entre as prefeituras e a iniciativa privada”, conclui.
O edital de licitação lançado nos últimos dias define que a empresa vencedora disponha de pelo menos 12 caminhões compactadores com capacidade de recolher de 90 a 130 toneladas de lixo por dia, e mais oito veículos para a coleta seletiva. Metade da frota, no mínimo, deverá ter batedores de contêineres, para uma futura ampliação do sistema. Todos os caminhões deverão ter sistema de monitoramento em tempo real por satélite.
Gastos por ano
2010: R$ 4.953.203,00
2011: R$ 6.030.029,43
2012: R$ 5.517.933,49
2013: R$ 7.343.974,71
2014: R$ 8.219.265,80
2015 – Janeiro e fevereiro: R$ 1.485.308,41 (com essa média, o custo anual seria de R$ 8,9 milhões)
Reportagem: Jorge Bronzato Jr.
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