Cólicas em bebês: um desconforto que preocupa

Portal Minha Vida

Quem tem filho sabe que é comum, especialmente no fim da tarde, a criança apresentar inquietação nas pernas, inchaço abdominal e choro constante, que pode se estender por horas. Esses costumam ser os primeiros sinais de um problema que desperta (muita) insegurança nos pais: as temidas cólicas.

O primeiro passo é não se desesperar. Para superar essa fase é fundamental entender o que está acontecendo com seu bebê – e lembrar que as dores vão passar. O incômodo acontece porque o sistema gastrointestinal ainda está em processo de formação e adaptação. Com isso, a digestão fica desconfortável e as consequências são cólicas, gases e dores abdominais.

"Depois do nascimento, o bebê começa a receber nutrientes de uma nova forma. É importante lembrar que ele recebia alimento através do cordão umbilical sem os processos digestivos intestinais. O organismo do recém-nascido precisa se adaptar a essa nova maneira de processar os nutrientes e isto acontece aos poucos, à medida que ele vai crescendo e se desenvolvendo", esclarece o pediatra Marcus Renato de Carvalho, professor da Faculdade de Medicina da UFRJ e especialista em amamentação.

Geralmente, as cólicas aparecem a partir das primeiras semanas de vida e costumam durar até os três meses, quando o trato digestivo já está mais estruturado e acostumado a receber o leite materno e seus nutrientes. O quadro também pode se tornar mais angustiante porque nesse período os bebês ainda estão muito sensíveis por não terem o sistema nervoso amadurecido, então o choro é mais frequente.

Até que isso aconteça, é normal que os pais busquem soluções para diminuir as crises. Mas, antes de seguir todas as orientações que aparecem no caminho, é importante entender que muitas informações não passam de mitos, que podem, inclusive, prejudicar a saúde do seu filho.