Integrantes da UCS vencem o Grand Prix SENAI de Inovação na Movelsul 2016
A Universidade de Caxias do Sul esteve representada no Grand Prix Senai de Inovação, uma competição que buscou estimular a geração de ideias inovadoras para o mercado moveleiro dentro dos temas Energia, Água, Segurança do Trabalho e Resíduos, realizada durante a Movelsul 2016, em março, em Bento Gonçalves.
O professor Alexandre Mesquita, do Centro de Ciências Exatas, da Natureza e de Tecnologia do Campus Universitário da Região dos Vinhedos, e o acadêmico Augusto De Toni, do curso de Engenharia Mecânica, integraram a equipe vencedora da competição, que apresentou o projeto “Cervical Wearable”, uma fita adesiva com sensores que fica na coluna cervical do usuário e que monitora seus movimentos, podendo ser usada na área médica e nas indústrias. Esse projeto obteve o primeiro lugar entre 15 apresentados por três equipes multidisciplinares, que trabalharam por 40 horas, durante o funcionamento da Movelsul. Integraram a equipe vencedora: Ricardo Dal Piva, Eduardo Luis Bianchi, Jean Cettolin, Alexandre Mesquita, Juliano Tremea, Augusto Crespi e Augusto De Toni.
O segundo colocado foi o projeto “Jornada Segura”, que determina se o funcionário está apto a trabalhar com máquina naquele dia – esse projeto contou com a participação do acadêmico de Engenharia Eletrônica do Campus Universitário da Região dos Vinhedos Giordano Cechet Moro. E o terceiro lugar ficou para o projeto “Óculos 4.0”, que tem como objetivo identificar e controlar o uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) na linha de produção.
Para o professor Alexandre Mesquita, “essa foi uma experiência incrível, que estimulou a criatividade em espírito colaborativo para propor soluções em importantes temas atuais”. Durante os cinco dias da Movelsul, as três equipes multidisciplinares formadas por representantes de instituições de ensino e empresas de vários setores econômicos da região da Serra cumpriram várias etapas para chegar ao objetivo, trabalhando em aquários de onde os visitantes da feira puderam acompanhar tudo em tempo real. No último dia da competição, uma banca composta por representantes de empresas, entidades e da sociedade escolheu os melhores projetos.
Cada equipe precisou apresentar projetos para cada tema proposto. O processo de criação seguiu a metodologia DIP – Desenvolvimento Integrado de Produto, resultado de uma parceria entre o Senai, o Consorzio Politecnico Di Milano (Itália) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com apoio do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, Estados Unidos).
O Grand Prix
O Grand Prix Senai de Inovação, inspirado em um modelo sueco, é um showroom de inovação aberta que funciona como uma competição entre equipes multidisciplinares com foco na solução de problemas específicos da indústria. Essa é a segunda edição do projeto no Rio Grande do Sul. O objetivo é mobilizar uma rede de inovação tecnológica aberta para receber, selecionar e conceber ideias, conceitos e protótipos em apoio à competitividade da cadeia produtiva moveleira e à resolução de problemas da sociedade.
UCS avalia resíduos de pesticidas em alimentos
O desafio tecnológico está lançado. Qualificar (o que é) e quantificar (o quanto tem) resíduos de pesticidas em alimentos são tarefas que já podem ser desenvolvidas na Universidade de Caxias do Sul, por meio dos Laboratórios de Produtos Naturais e Sintéticos e o de Análise e Pesquisa em Alimentos. Esses setores junto ao Instituto de Biotecnologia concentram seus esforços para apresentarem à sociedade uma solução em análises químicas para avaliação de resíduos de pesticidas em alimentos.
A avaliação de resíduos de pesticidas em alimentos torna-se relevante devido ao aumento da incidência de doenças e à própria preocupação da população com a qualidade de vida. “Dentre os principais problemas que acometem os alimentos está a contaminação destes com resíduos de agrotóxicos, sendo que o controle sobre estes potenciais agentes nocivos à saúde, em baixos níveis de concentração, demanda um grande desenvolvimento tecnológico. Neste momento, não existe um controle efetivo e disponível dos órgãos reguladores”, comenta o professor Sidnei Moura e Silva, coordenador do Laboratório de Produtos Naturais e Sintéticos, exemplificando o caso de uma amostra de pimentão analisado na região: “ele tinha 6.000 ppm (uma parte em um milhão) de um organofosforado, sendo que o limite regulamentado era de apenas 50 ppm!’’
O projeto para análise de resíduos de agrotóxicos em alimentos iniciou na UCS em 2013, resultando neste método capaz de avaliar vários compostos (multirresíduo) em um mesmo processo. As primeiras etapas e alguns resultados da pesquisa deram origem a uma cartilha sobre resíduos de pesticidas (disponível no site www.ucs.br, no link Instituto de Biotecnologia). Atualmente são 102 compostos analisados simultaneamente em alimentos, que podem ser desde hortifrutigranjeiros, passando por frutas, produtos processados até grãos.
O serviço de análise de resíduos de agrotóxicos em alimentos pode ser solicitado por qualquer pessoa ou empresa. O contato pode ser por telefone (54) 3218 2168 ou por e-mail (servicostecnologicos@ucs.br).