Com jogos suspensos, árbitro bento-gonçalvense fala sobre as dificuldades de ficar longe do campo

Os campeonatos de futebol estão suspensos em todo o Brasil desde a metade do mês de março. Além de torcedores frustrados com a falta de partidas, a suspensão dos jogos têm impactado emocionalmente e financeiramente diversos profissionais ligados ao esporte. 

Em Bento Gonçalves, jogadores do clube Esportivo aceitaram uma redução de 70% em seus salários e nos direitos de imagem, segundo a assessoria do clube. A situação permanecerá assim até que a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) decida sobre o retorno ou não do Gauchão.  Outros profissionais que vêm sendo afetados pela pandemia são os árbitros, que recebem gratificações de acordo com sua escalação nos jogos. 


 

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O árbitro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Eleno Gonzalez Todeschini, natural de Bento Gonçalves, conta ao SERRANOSSA que a situação tem sido complicada desde a paralisação dos jogos. “O árbitro recebe conforme a escala dele. Como não estão tendo jogos, não estamos recendo as taxas. Mas a CBF nos repassou um valor e agora a Federação Gaúcha também. Não é muito alto e nem muito baixo. É mais para que a gente consiga se manter nesses dias”, relata. 

Além da questão financeira, ficar longe do campo tem despertado sentimentos de incerteza e aflição à classe. Para lidar com essa nova realidade, Eleno tem trabalhado constantemente o condicionamento físico, a fim de estar preparado para o retorno. Em relação à questão técnica, a CBF e a FGF têm realizado videoconferências com os árbitros, a fim de manter o foco dos profissionais. “São vídeos testes de lances de jogos de partidas, nas quais temos que fazer dissertação desses lances”, explica. 

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Árbitro desde 2003, Eleno já apitou dois mundiais de futebol society pela FIFA, além dos campeonatos da FGF e da CBF. Até a paralisação dos jogos, o profissional estava apitando o Gauchão 2020. “O último jogo foi São José e Inter, no Passo D'Areia, em Porto Alegre. A decisão de parar os jogos foi tomada primeiramente pela FIFA, depois pela CBF e posteriormente pela Federação Gaúcha. Não foi muita surpresa para nós porque o último jogo já havia sido com portões fechados. Mas essa paralisação está nos deixando aflitos”, desabafa.


 

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Até o momento, a única decisão de retomada diz respeito à Divisão de Acesso, que deverá reiniciar em agosto. A competição que dá duas vagas na elite do futebol do Rio Grande do Sul está paralisada desde 16/03. “No momento não tem previsão, CBF continua na quarentena, depois vai ter videoconferência com clubes da serie B e série A, quando vão definir o inicio do campeonato. Mas em relação ao Campeonato Gaúcho, não tem nenhuma iniciativa sobre o reinício”, afirma.

Diante da incerteza do retorno ao campo, Eleno desabafa: “Infelizmente a arbitragem no Brasil ainda é amadora. Somos tratados como profissionais, mas na carteira não somos. É uma sensação horrível porque tu fica desamparado. Então se tu não tiver um suporte familiar, um suporte emocional e um suporte financeiro de resguardo, fica complicado”. 

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Fotos: Arquivo Pessoal

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