A instalação de uma Rua Coberta em Bento Gonçalves foi discutida em reunião na prefeitura na última sexta-feira, dia 8. Para os comerciantes que participaram do encontro com as autoridades, uma Rua Coberta na área central poderia comprometer a mobilidade urbana.
O empresário Ari Bianchi, proprietário de um estabelecimento na rua Cândido Costa – uma das cotadas para receber o projeto – defendeu a necessidade de planejamento para o futuro. “Precisamos pensar na frente, daqui a 50 anos, o que queremos no Centro? O comércio necessita de circulação, não podemos trancar o trânsito”, afirmou.
“O que irá acontecer com as lojas quando houver eventos no local? Com a cobertura, para onde irá o som das bandas? O que acontecerá à noite quando tudo estiver fechado? Quem irá ocupar o local?”, questionou Antônio Ghelen, proprietário de um prédio comercial na mesma rua.
Segundo o secretário de governo, César Gabardo, que coordenou a reunião, não há nada definido. “Queremos saber se a comunidade quer ou não a Rua Coberta e onde. Não é uma posição do governo a instalação na rua Cândido Costa, estamos abertos para discutir com a comunidade e receber sugestões”, afirmou.
Opiniões sobre o assunto e indicações de locais, na área urbana do município, podem ser enviadas pela população até esta quinta, dia 14, pelo e-mail: ruacoberta@bentogoncalves.rs.gov.br. As propostas recebidas serão debatidas durante uma audiência pública a ser realizada na próxima sexta, dia 15, às 19h na Fundação Casa das Artes.
Recursos
Uma verba de R$ 1,1 milhão do Ministério do Turismo é destinada ao projeto da Rua Coberta em Bento, com contrapartida municipal de R$ 96 mil. De acordo com a Caixa Econômica Federal, as obras têm que iniciar ainda no primeiro semestre deste ano. A instituição também confirmou que o projeto pode ser instalado fora da área central do município.
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