Comércio aposta no Dia das Mães e na chegada do frio para recuperar vendas
O segundo Dia das Mães em meio à pandemia está sendo marcado pelo otimismo. Com as portas abertas depois de um longo período de restrições, o comércio de todo o Estado conta com uma das datas mais importantes para o setor, o Dia das Mães, para recuperar suas vendas. A chegada do frio na Serra Gaúcha também animou os empresários, que estão com estoques cheios, inclusive de peças não comercializadas no ano passado.
Uma pesquisa realizada pela Fecomércio-RS aponta 47,9% dos consumidores manifestaram intenção de presentear as mamães na data, mesmo confirmando que as condições estão mais difíceis. De acordo com a gerente de uma loja de roupas e calçados no bairro Botafogo, Caroline Fleck de Souza, a expectativa para este ano é que os presentes sejam mais direcionados para o segmento de vestuário. “Estamos observando e acompanhando o comportamento dos clientes, pois sabemos que o perfil dos presentes mudou durante a pandemia, assim procuramos sempre andar junto com o nosso público para facilitar. Mas apesar dos desafios enfrentados estamos com boas perspectivas e inovação para nos adaptar à nova realidade”, explica ela, que apostou em compras mais confortáveis e versáteis para este momento.
A dica do Sindilojas Regional Bento para este Dia das Mães é apostar na criatividade, ousar nas promoções e aderir às ferramentas digitais. “Com tanto abre e fecha, o consumidor está muito mais atento e aberto a novas opções, desde que sejam seguras e coerentes com a situação. Tudo indica que o comércio não-essencial estará aberto, mas já vivemos o bastante para saber que de uma semana para outra tudo pode mudar. Estamos incessantemente trabalhando neste sentido, para garantir que as empresas tenham condições de alcançar boas vendas nesta que é uma das mais importantes datas do ano para o varejo”, destaca o presidente do Sindilojas Regional Bento, Daniel Amadio.
A pesquisa da Fecomércio mostrou que mais de 40% dos consumidores mudaram seus locais de compra em razão do Coronavírus e, mesmo se o comércio fechar às vésperas da data, 77,9% realizarão a compra de qualquer forma. A pesquisa também apontou que 7,0% deixariam de fazer a compra do presente e 15,1% postergariam, enquanto 46% comprariam presentes pela internet ou por tele-entrega e 31,9% comprariam nas alternativas abertas. Caso contrário, os pontos mais citados ainda são as lojas do Centro da cidade (52,2%), seguidos pela Internet (18,4%) e pelos Shopping Centers (13,2%).
Os segmentos que deverão ser mais movimentados são o do Vestuário (28,6%), Perfumes e Cosméticos (18,7%) e Calçados (9,4%). O número médio de presentes é de uma unidade, sendo que o valor dos presentes deve ficar em torno de R$ 131,09; média que equivale a R$ 123,94 no caso dos presentes individuais e que sobe para R$ 161,24 para os presentes compartilhados.
A pesquisa indica que os consumidores estão atentos aos preços – fator mais citado (45,2%) como determinante para as compras, seguido por atendimento (12,7%). Em relação ao hábito de comprar on-line, a pesquisa identificou que aqueles consumidores que têm o hábito de comprar pelo meio digital (63,9% de todos entrevistados) o fazem sobretudo em lojas grandes (80,5%), com apenas 19,5% comprando on-line de pequenos comércios.