Como está a manutenção do local onde você mora e/ou trabalha?


 

Somos familiarizados com a prática da manutenção, pois fazemos diferentes tipos de manutenções em nosso dia a dia: em veículos, em equipamentos e a própria limpeza e higiene dos ambientes. E nas edificações, quando e como fazemos? Essa pergunta pode parecer simples, mas a preocupação com a manutenção de edificações, como casas e prédios residenciais ou comerciais, ainda é um assunto relativamente novo no Brasil. 

Em muitos casos, o imóvel é único e possui um elevado valor. Tendo isso em vista, qual é o cuidado que você tem com ele? Quando foi realizada a última manutenção? A empresa que fez a manutenção possui um responsável técnico para esses trabalhos? Tem garantia da manutenção realizada? Sim, são muitas perguntas, mas todas com único objetivo, uma vida longa à sua edificação. 

A manutenção predial trata-se da prática de cuidar de toda a infraestrutura de uma edificação indiferente de seu tamanho e do tipo de construção, o que significa cuidados com sistemas elétricos, hidráulicos, de incêndio, estruturais e de segurança. A importância das manutenções periódicas é algo visível e necessário, pois, de acordo com o tempo, os problemas vão se agravando, e isso impacta diretamente no custo de uma determinada manutenção, sem contar nos imprevistos e transtornos. 

Situações de falta de manutenção podem transformar ambientes, tornando-os desagradáveis, insalubres e perigosos para as pessoas que ali circulam. E sim, as edificações também ficam doentes por falta de cuidado, só que essas doenças aparecem como manchas de umidade, como fissuras e rachaduras, como a porta que arrasta no chão ou até mesmo a janela que não fecha de maneira correta. 

O tema manutenções prediais ainda é algo pouco explorado no cenário brasileiro, sendo raro encontrar edificações com planos definidos e em andamento para conservação do patrimônio. A normativa técnica NBR 5674 (ABNT, 2012), que trata de manutenção de edificações, define manutenção como sendo “o conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade funcional da edificação e de suas partes constituintes de atender as necessidades e segurança dos seus usuários”. 

Por esse motivo, é importante que cada edificação tenha um plano de manutenção predial, uma série de rotinas que o responsável deve implantar e acompanhar com o objetivo de detectar ou reduzir problemas. Afinal, a falta de manutenção nas instalações de uma residência ou de um condomínio pode ocasionar sobrecargas, curtos-circuitos, entre outros problemas. Durante a entrega de uma nova edificação, a construtora deve fornecer ao proprietário o manual de operação, uso e manutenção da edificação, vinculado à normativa NBR 14037 (ABNT, 2014), em que constarão todos os cuidados e manutenções que devem ser realizadas em sua edificação. 

Nos grupos de manutenção, temos dois tipos que se destacam: a manutenção preventiva, que é realizada antes da necessidade de reparos e é relacionada à elaboração de atividades que ajudem a conservar a funcionalidade da edificação; e a manutenção corretiva, referente à correção de erros, reagindo a uma situação problemática, e, por esse motivo, tem um custo mais alto. E, por incrível que pareça, a maioria prefere essa última, ou seja, a mais cara. 

Por fim, cabe destacar a importância de sempre realizar a manutenção com algum responsável técnico, podendo ser da área da Engenharia Civil ou Arquitetura, pois são eles que têm conhecimento no assunto quando se trata de realizar alguma intervenção (obras em edificações), e assim você terá certeza de que está realizando a conservação de sua edificação de forma correta e com garantia de que aquele problema foi resolvido com segurança.