Como lidar com a autocrítica e a autodepreciação?
Quando dosada, a autocrítica é algo saudável. É fundamental ter noção e bom senso, através da percepção adequada de nós mesmos. Ter crítica acerca de si próprio é necessário para avaliar adequadamente as ações, e pensar sobre os próximos passos é essencial para melhorar a performance e, consequentemente, o resultado.
O grande problema começa quando as pessoas perdem o equilíbrio da crítica e passam a agir de forma quase que “agressiva” em relação a si próprias. Quem sabe ponderar a forma de falar consigo é capaz de avaliar as ações com harmonia. Já quem usa da autodepreciação não sabe dar feedback com precisão. O conceito é válido e muito próximo de como socialmente é aceita a interação com o outro. Assim como existem regras sociais de comunicação com os demais, pense que, para ter um melhor resultado na fala com você, esse protocolo deve ser respeitado.
Comunicar-se de forma negativa não é conveniente para ninguém. Se você falar de forma agressiva com os outros, será mal visto, e isso se aplica igualmente se usar esse modelo para você. Apontar, “pegar no pé”, ser crítico ao extremo e de forma negativa sobre as ações feitas por outras pessoas não é algo bem visto em comunidade. Logo, saiba que não será bom para você agir dessa maneira com relação a você mesmo.
Quem usa de autodepreciação não é um bom motivador. Isso inclui desvalorizar-se como pessoa, a sua imagem, qualidade ou capacidade. Ninguém gosta de ser “agredido” ou “desacreditado”, pois melhorar os pontos fracos não inclui apontá-los ferozmente. Entre as coisas que se deve evitar para não ultrapassar o bom senso, o respeito e o cuidado próprio, estão os palavrões direcionados a si mesmo, frases repetidas de negatividade e brincadeiras insistentes de autodepreciação.
Aprender a se respeitar vai além da bela frase “é fundamental saber amar-se”. É preciso colocar este amor em prática, o que inclui, principalmente, respeito por você mesmo. Quem percebe algo que não gosta em si e quer mudar deve estar bem ciente das etapas a seguir:
– O que, especificamente, quer mudar?
– Qual será o novo comportamento a ser implementado?
– Você conhece as razões para ainda agir assim? O que lhe motiva, internamente, a ter o comportamento que não quer ter? O que ganha ao agir assim?
– Como, precisamente, você pensa em mudar e quais os passos que vai seguir para isso?
– Como gostaria de ouvir, ver e sentir de você mesmo a motivação e determinação para mudar?
– Como será a ponte entre o que você faz hoje e o que fará ao mudar?
– Como avaliará o processo a ser seguido?
– Quais são as razões para essa sua nova ação? Quais ganhos você terá com o novo comportamento?
Por Adriana de Araújo
(www.minhavida.com.br)
É proibida a reprodução, total ou parcial, do texto e de todo o conteúdo sem autorização expressa do Grupo SERRANOSSA.
Siga o SERRANOSSA!
Twitter: @SERRANOSSA
Facebook: Grupo SERRANOSSA
O SERRANOSSA não se responsabiliza pelas opiniões expressadas nos comentários publicados no portal.