“Como uma banda, equipe precisa estar em sintonia”
Já pensou estar em uma empresa há 30 anos, com os mesmos colegas de trabalho, com o mesmo chefe e isso ser muito bom? Nos dias atuais, permanecer feliz dentro de uma empresa, encarar as crises com tranquilidade e ter soluções criativas para a busca do sucesso parece uma tarefa bem difícil. O músico, empresário e escritor Thedy Corrêa, da banda Nenhum de Nós, mostrou para mais de 150 pessoas presentes na Casa das Artes nesta terça-feira, 12, que isso é possível e de uma forma inovadora: através de uma analogia entre empresas e a música.
Citando o exemplo de sua banda que está com a mesma formação e com o mesmo empresário desde sua fundação, Thedy afirmou que, assim como uma banda, a equipe de trabalho precisar estar em sintonia. Para que isso aconteça, cada um tem que fazer seu trabalho bem feito, com dedicação e ajuda dos colegas.
Interagindo com os participantes de seu ‘workshow’, Thedy pediu para que o público imaginassem em qual estilo musical a sua empresa se encaixa: na erudita, que tem um processo formal, rígido, que não permite improviso e que é conduzido por um maestro com muita harmonia; com o samba, que tem ritmo, que conta com a experiência de cada um para a condução do processo; do rock, que se mescla com tudo, que precisa da interação de todos e está sempre em busca de inovação; ou a folclórica que tem um público fiel, que mantem a tradição e sabe que o projeto não deve ter muitas surpresas? Seja com harmonia, ritmo, inovação e tradição, todos dependem de si e dos outros para seguirem uma sintonia de sucesso.
De modo individual, Thedy também mostrou que integrantes de banda podem ser comparados com funcionários de empresas. “O baterista é aquele que dita o ritmo, que se preocupa com o prazo, fundamental para que tudo seja entregue na hora certa. Já o baixista é o estagiário, aquele que pulsa dentro da empresa, que alimenta todo mundo com ritmo. O guitarrista é aquele que faz tudo parecer difícil. Faz caras e bocas fazendo apenas uma nota musical, mas faz no momento certo e bem feito e tem a capacidade de perceber o que ninguém percebe. O tecladista é aquele que dita o ritmo, aquele que não opina muito dentro da empresa, mas que é conhecer de tudo. Resumidamente, todo mundo tem o ramal deste cara para pedir sobre aquele programa dificílimo. E, por fim, tem o vocal, que acredita na capacidade de todos e que depende do trabalho de todo mundo para que todos se destaquem”, explicou ele.
Como em uma banda, Thedy acredita que todos devem ter convicção e comprometimento no que fazem. “Cito a banda de sucesso mundial e irretocável: KISS! Mais do que vestir a camisa, eles literalmente pintam a cara pela empresa que eles atuam. São inovadores no que fazem por se dedicarem e acreditarem em seu trabalho”, disse Thedy.
Sobre liderança, Thedy falou que há uma longa distância entre ser líder e ser chefe. “Ser chefe qualquer um pode ser, basta alguém te dar este cargo, mas ser um líder é preciso muito mais. É mais do que ter o controle da situação, é confiar em sua equipe, é saber encarar a crise e antecipá-la, é saber que em certos locais e ocasiões, em ambientes que você não domina, outras pessoas podem assumir a liderança”, disse ele.
O rockeiro encerrou a palestra cantando grandes sucessos de sua banda. O evento foi uma realização é do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/BG) e do Comitê Regional Bento Gonçalves do PGQP (Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade).
Reportagem: Raquel Konrad
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