Condenado autor de homicídio no Municipal

Passado um ano e cinco meses do assassinato do jovem Jéverson Tiago Moraes, de 18 anos, o acusado, Edson Adriano do Nascimento, foi julgado na última quinta-feira, dia 7, em Bento Gonçalves. Ele era primo da vítima e foi considerado culpado pelo júri, composto por cinco homens e duas mulheres. Depois de quatro horas de julgamento, a juíza Fernanda Ghiringhelli de Azevedo determinou que ele deverá cumprir pena de seis anos e seis meses de reclusão, inicialmente no regime semiaberto, uma vez que ele já estava detido desde a época do crime. 

As suspeitas contra o primo da vítima iniciaram após ligações anônimas à Polícia Civil dando conta de que ele havia sido o autor do homicídio. Sete dias após o assassinato de Moraes, ocorrido no dia 20 de agosto de 2011, novas denúncias informaram que ele estaria circulando pelo bairro. Ele foi abordado pela Brigada Militar, informou um nome falso e conseguiu fugir. Durante a perseguição, deixou cair um revólver calibre 38 – o mesmo utilizado no crime. Em função de um mandado de prisão, ele foi posteriormente detido e encaminhado ao Presídio Estadual de Bento Gonçalves. 

No julgamento, o condenado confirmou que era o dono da arma, mas negou ter atirado no primo. Em seu depoimento frente à juíza, ele negou a autoria e afirmou que foi julgado por um crime que não cometeu. 

A versão do réu

Nascimento contou que no dia do ocorrido esteve com o primo em uma festa no bairro Municipal, onde moravam. Após saírem da casa noturna, eles foram até a residência da vítima, onde cheiraram cocaína e ingeriram bebidas alcoólicas. Aos jurados ele informou que ambos estavam no interior da moradia quando escutaram um barulho vindo dos fundos. Jéverson teria solicitado que ele fosse buscar o revólver que guardava em casa. Nascimento disse ter entregado a arma ao primo e saído para buscar cigarros na casa do tio, distante cerca de 10 metros. Na versão dele, Jéverson permaneceu na escadaria que fica próxima a casa, mesmo local onde foi assassinado. Nascimento disse ainda ter ouvido um barulho de automóvel partindo logo após os disparos, mas não chegou a ver quem teria cometido o crime. 

O condenado esteve envolvido no motim ocorrido em setembro do ano passado no Presídio Estadual de Bento Gonçalves e, em função disso, foi transferido para a Penitenciária Modulada de Ijuí. No começo deste ano, ele chegou a ser trazido de volta a Bento Gonçalves, mas houve um novo remanejo para a Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas, onde ele permaneceu até o julgamento.


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