Conselheiro denunciado em Bento volta ao cargo após liminar da Justiça

Nessa quarta-feira, 06/05, o Conselheiro Ari Pelicioli voltou às suas funções no Conselho Tutelar de Bento Gonçalves. Ele estava afastado desde fevereiro devido a denúncias sobre má conduta, mas conseguiu uma liminar da 3ª Vara Cível para voltar imediatamente ao cargo. 

Entre as acusações feitas pela Corregedoria do Conselho Tutelar contra Pelicioli, está a obstrução dos “trabalhos do colegiado nas reuniões do conselho com condutas inoportunas, se ausentando de forma injustificada do seu expediente, deixando de atender os chamados do plantão, não providenciando o devido andamento dos prontuários considerados graves, sob sua responsabilidade e articulando vagas em escolas municipais”. 


 

Em nota, o colegiado do Conselho Tutelar afirmou estar “indignado” com a volta de Pelicioli,  “levando em conta a difícil decisão que o colegiado tomou há meses atrás em fazer a denúncia contra este conselheiro por não estar cumprindo com o seu papel de zelar pela garantia dos direitos das crianças e adolescentes, deixando denúncias graves como suspeita de violência sexual e física sem serem atendidas e dados os devidos encaminhamentos nem mesmo deixando este colegiado a par dos casos”. De acordo com o colegiado, o retorno do conselheiro não será impedido, desde que seja apresentada uma “documentação oficial” para realizar a substituição dos conselheiros. 

Por conta de seu afastamento, havia assumido o cargo a suplente Silvana Teresinha Lima, a qual foi afastada automaticamente nessa quarta-feira, 06/05.

Segundo o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDICA), Nadir Zeni, as investigações contra Pelicioli continuarão sendo feitas, mesmo após seu retorno. 

“Gostaríamos de sensibilizar a população de que as denúncias que foram feitas são graves e que este colegiado não irá voltar atrás. Esperamos que a apuração das provas seja feita com brevidade e que a justiça em defesa de nossas crianças e adolescentes seja cumprida, pois quem mais sai prejudicado são eles”, declarou o colegiado do Conselho Tutelar em nota. 

Foto: Eduarda Bucco