Conselho votará mudança no estatuto
A falta de candidatos aptos a assumir o Esportivo no biênio 2016/2017 forçou o Conselho Deliberativo a estender a possibilidade de participação direta da comunidade nos principais cargos da diretoria executiva. A comissão formada para deliberar sobre mudança no estatuto apresentará artigo que não prevê restrições para encabeçar chapa à presidência nos casos de excepcionalidade.
O regimento, hoje, indica que estão habilitados a assumir a presidência do clube somente candidatos com pelo menos um ano no Conselho e dois anos como sócio. A sugestão que será proposta pelos conselheiros Adroaldo Dal Mass, Carlos Perizzolo e Henrique Caprara, membros da comissão formada para debater mudanças no estatuto, é a criação de um artigo adicional que admita a inscrição de pessoas sem vínculo quando não houver candidatos que preencham os pré-requisitos exigidos atualmente. “Não podemos fechar as portas. Pode surgir um candidato que é uma expressão na comunidade, com condições de assumir o clube, mas que nunca foi sócio. O Esportivo tem que abraçá-lo e a gente está abrindo essa possibilidade”, revela Perizzolo.
A alteração será votada em reunião no próximo dia 28, no Hotel Vinocap. A ideia inicial era realizar o encontro já nesta segunda-feira, dia 21, mas ela acabou impedida em função do prazo legal para a convocação do Conselho. Para prevalecer, precisará da aprovação de 50% + um entre os conselheiros presentes. Caso o artigo seja legitimado, será aberto um prazo para a inscrição de chapas e agendada a data da eleição.
Sem candidatos
A possível mudança no estatuto legitimaria a candidatura de Marcelo Vignatti, o Palito, única pessoa que havia manifestado publicamente interesse em suceder Luis Oselame. O empresário, no entanto, voltou atrás após reunião realizada na última segunda-feira, dia 14, em que foi o pivô de divergências entre conselheiros. Palito é membro do conselho há apenas dois meses e, portanto, não se enquadra nas exigências atuais do estatuto. Parte dos conselheiros entenderam que, não havendo candidatos aptos, o Conselho poderia exercer a sua soberania e eleger ainda na última segunda-feira a única pessoa predisposta, desde que o plano de gestão fosse consistente e convincente. Outra, no entanto, expressou a necessidade de alterar o estatuto para validar a candidatura de Palito. O empresário lamentou a desassistência, bem como a falta de convergência, e desabafou. “Tem muito teatro e pouca ação. Quando há imprensa, tem muita gente que quer aparecer, fazer teatrinho. O Esportivo está nessa situação por causa dessas pessoas. Há muito teatro, muita fantasia e pouca atitude”, disse, criticando também a falta de voluntariedade dos conselheiros aptos. “Eu acho que tem que dar uma renovada, uma oxigenada. É preciso que haja novas pessoas, novas oportunidades e novos ares. As pessoas indagam, retrucam e estão no seu direito, mas quem se prontifica a ajudar de alguma maneira não pode ser assim tão impedido. Os divergentes não têm atitude de agir. Só discordam e ficam naquela mesma coisa, todos os anos é assim. Algumas pessoas não têm a atitude que precisariam ter”, afirma.
*Atualizado às 9h44 de 21/09.
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