Consepro e Consecom seguem sem receber

O Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro) deixou de receber a verba oriunda das tarifas cobradas na Zona Azul em agosto do ano passado. O montante, de cerca de R$ 20 mil mensais, era destinado para compra de equipamentos e materiais de escritório e para reparos em viaturas de órgãos de segurança pública como Brigada Militar e Polícia Civil. Desde então, o valor deveria ser destinado ao Conselho Municipal de Segurança Comunitária (Consecom), o que nunca aconteceu. Quem perde com isso são as instituições responsáveis por coibir a criminalidade, que necessitam de apoio financeiro para compra até mesmo de itens simples, como materiais de escritório. Uma reunião deve ser realizada em breve para avaliar a situação.

Conforme o presidente do Consepro, Geraldo Leite, hoje o órgão conta apenas com uma verba doada por empresários e pela comunidade, que gira em torno de R$ 6 mil a R$ 7 mil mensais. “Por contenção de despesas, tivemos que dispensar um funcionário que trabalhava na sede do Consepro. Ao longo dos últimos meses, fomos apenas cumprindo compromissos que havíamos assumido antes da mudança na destinação da verba. Hoje não temos mais dívidas, mas também não temos mais dinheiro para atender a todos os pedidos”, explica. Mesmo assim, as demandas continuam a chegar ao Conselho, que se vê com as mãos atadas e obrigado a negar boa parte das solicitações. Ainda no ano passado, houve o temor de que viaturas cedidas pelo Consepro a órgãos como a Polícia Civil tivessem que ser devolvidas para pagar as despesas pendentes. Essa medida drástica até o momento não foi necessária. 

Na mesma situação encontra-se o Consecom. Segundo o presidente, Luís Augusto Marques, o Conselho chegou a receber diversos pedidos para compra de material, mas nunca chegou a atendê-los, devido à falta de dinheiro. “Ao longo dos meses, realizamos diversas reuniões, levantamento das solicitações dos órgãos de segurança e, inclusive, realizamos as tomadas de preço para aquisição dos equipamentos. Mas, por falta de verba, isso emperrou”, relata.

A assessoria de imprensa da prefeitura informou que uma reunião entre os presidentes dos dois conselhos e o prefeito, Guilherme Pasin, deve acontecer em breve com o objetivo de discutir a situação e definir como será feito o repasse do dinheiro da Zona Azul e a quem destinar. A data ainda não está definida. Segundo o secretário de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana, Mauro Moro, o valor referente ao estacionamento rotativo que seria destinado aos órgãos desde o começo do ano está depositado no Fundo Municipal de Segurança Comunitária, onde permanecerá até que a situação esteja definida. 

Policiamento Comunitário

A falta de verba nos Conselhos também emperra o início do projeto de Policiamento Comunitário. A pretensão de implantação já completa um ano e está longe de ser concretizada. Isso porque o governo solicita como contrapartida que o município pague auxílio-aluguel aos policiais que trabalharão na modalidade, mas ainda não está definido como isso acontecerá. O coordenador do programa no Estado, coronel Júlio César Marobin, esteve na cidade para reapresentar a proposta ao prefeito, Guilherme Pasin, ainda no final de janeiro, mas até o momento nada há definições.

Reportagem: Katiane Cardoso


É proibida a reprodução, total ou parcial, do texto e de todo o conteúdo sem autorização expressa do Grupo SERRANOSSA.

Siga o SERRANOSSA!

Twitter: @SERRANOSSA

Facebook: Grupo SERRANOSSA

O SERRANOSSA não se responsabiliza pelas opiniões expressadas nos comentários publicados no portal.