Consumo em restaurantes do Rio Grande do Sul cai 27% em janeiro, diz pesquisa
O consumo em restaurantes, bares, lanchonetes e padarias do Rio Grande do Sul registrou queda de 27% em janeiro, é o que apontam os índices divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Os dados, calculados a partir da comparação com o mesmo período de 2019, mostram que, em contraponto, os supermercados voltaram a apresentar números positivos nesse mês (10,7%).
Os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) mostram ainda que houve uma redução no volume de transações, que registraram baixa de 41,9%. Além disso, o número de estabelecimentos que realizaram operações foi 2,5% inferior.
Adotando como parâmetro o valor gasto em restaurantes, é possível evidenciar que as regiões mais impactadas em janeiro foram a Norte (-33,9%) e a Sudeste (-28,1%), e as menos afetadas foram as regiões Sul (-22,7%) e Nordeste (-22,7%).
Em relação aos Índices de Consumo em Supermercados (ICS), os dados de janeiro indicam que o número de estabelecimentos que efetivaram transações encerrou o mês 5,9% acima do patamar registrado em janeiro de 2019. Já o volume de transações registrou uma queda de 5,3% no volume de transações.
Vale destacar que os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) acompanham as transações realizadas em estabelecimentos como supermercados, quitandas, mercearias, hortifrútis, sacolões, entre outros; e os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) apontam a evolução do consumo de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega (delivery) e retirada em balcão/para viagem (pick-up). Ambos são calculados com base nas operações realizadas a partir da utilização dos cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição, em todo território nacional. Além disso, é importante notar que a escolha do ano de 2019 para o cálculo dos impactos do consumo se dá pelo fato de que esse ano foi a última referência completa de um período dentro da normalidade da atividade econômica, que ocorreu antes da pandemia.
Metodologia dos índices
Todos os índices foram elaborados e depurados com base em critérios estatísticos para garantir a focalização, a consistência e a interpretação dos resultados ao longo do tempo:
– Amostra: todos os índices são calculados a partir de dados diários de transações realizadas em estabelecimentos comerciais distribuídos por todo o território nacional, entre 1 de janeiro de 2018 e 31 de janeiro de 2020.
– Valores atípicos: para evitar oscilações nos índices decorrentes de eventuais entradas ou saídas de empregadores de grande porte na base de dados, observações associadas a empresas que se enquadram nesses critérios foram desconsideradas nos cálculos.
– Sazonalidade: foram adotados os seguintes procedimentos para mitigar a influência de fatores sazonais: (i) cálculo de média móvel de 7 dias (dados do dia observado e dos 6 dias anteriores a ele), eliminando assim os efeitos dos dias úteis e finais de semana sobre as séries; (ii) identificação e filtragem de fatores sazonais relacionados ao comportamento das séries em dias específicos dentro de cada mês (1º dia, 5º dia, 10º dia…), por conta do calendário de recarga e distribuição temporal do uso dos benefícios nos estabelecimentos no período.
– Frequência: todos os índices são apresentados com frequência diária para todo o período disponível da amostra, tendo por referência inicial (base 100) a média diária em janeiro de 2018. Os impactos calculados estão disponíveis para todos os dias, quinzenas e meses de 2020.