Corsan se torna ponto de coleta para descarte de óleo de cozinha

Os brasileiros utilizam o óleo de cozinha para fritar diversos alimentos, tanto em casa, quanto em estabelecimentos comerciais. Após a utilização, muitas pessoas não sabem como descartá-lo e acabam jogando o produto nos ralos das pias, vasos sanitários, ou colocam em sacolas plásticas e recipientes fechados e os depositam no lixo. Porém, todas essas formas de descartes estão erradas e prejudicam o meio ambiente.

Pensando nisso, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) se tornou mais um ponto de coleta em Bento Gonçalves. Para tanto, os moradores devem colocar o material em uma garrafa pet e entregar na unidade da Corsan do Centro, localizada na rua Ramiro Barcelos. “Entregando seu óleo no ponto de coleta Corsan, ele será descartado de forma adequada, evitando a poluição da água e entupimento das redes de esgoto”, ressalta a companhia.

Além da Corsan, os moradores podem descartar o óleo de cozinha na secretaria do Meio Ambiente (rua 10 de Novembro, 190, no Complexo Administrativo) no setor de resíduos. 

Prejuízos do descarte incorreto

Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o consumo de óleos vegetais no Brasil fica em torno de três bilhões de litros ao ano. A estimativa é que, a cada quatro litros consumidos, um seja descartado de forma incorreta – o que representa mais de 700 milhões de litros ao ano lançados no meio ambiente sem o devido cuidado e controle.

A Corsan ressalta que as redes coletoras de esgoto são feitas para conduzir apenas dejetos líquidos. Apesar de o óleo ter a consistência líquida, uma vez que ele se mistura com a água, se solidifica e faz com que a tubulação fique obstruída, levando ao mau funcionamento das estações de tratamento. “Isso significa que boa parte desse resíduo chega aos mananciais e fica na superfície dos rios e lagos, impedindo a entrada de luz e oxigênio, causando a morte de várias espécies aquáticas”, alerta a companhia. 

Algumas pessoas realizam o descarte do óleo colocando-o dentro de sacos de lixo. A Corsan destaca que esse processo também não é correto, porque à medida que entra em contato com o solo, o óleo impermeabiliza o terreno, impedindo que a água se infiltre. “A situação piora em situações de enchentes, além do fato de que o resíduo carregado pela chuva se acumula às margens dos rios”, complementa.