COVID-19: Bento alcança marca de 14 mil casos em abril, mas apresenta redução de 30% nos óbitos

Após viver o maior pico de mortes em março, Bento Gonçalves registrou uma queda significativa no número de óbitos de pacientes com a COVID-19 em abril. No mês passado, conforme dados do Comitê de Atenção ao Coronavírus, foram 51 vidas perdidas. Em abril, município contabilizou 35 mortes – redução de 31%. No total, 255 moradores de Bento já morreram com a COVID-19 desde o início da pandemia.

A principal redução se observa em pessoas de mais idade. Em março, foram 10 mortes entre pacientes na faixa etária dos 90 anos. Neste mês, o número teve redução de 50%, com 5 óbitos registrados. Na faixa etária dos 80 anos, a redução foi ainda mais significativa: de 15 mortes registradas em março, caiu para 5 óbitos em abril – diminuição de mais de 65%.  Com isso, a idade média das vítimas saiu de 70 em março, para 66 anos em abril. 

Apesar da redução, o número de pacientes mais jovens teve um aumento preocupante, principalmente na faixa etária dos 50 anos: foram nove mortes neste mês, ante cinco em março. 

As mudanças no cenário de óbitos relativos à COVID-19 em Bento também foram observadas a nível nacional. Conforme dados dos Cartórios de Registro Civil do País, houve redução de 61% nas mortes de pessoas entre 90 e 99 anos, de 63% entre aquelas de 80 a 89 anos; e de 3% entre os que possuem entre 70 e 79 anos, na comparação entre a média de óbitos destes grupos desde o início da pandemia e os primeiros 15 dias do mês de abril deste ano. 

Os idosos da faixa etária entre 90 e 99 anos representavam, em média, 6,6% do total de mortos pela COVID-19 desde o início da pandemia. Em março, já com os primeiros reflexos da vacinação para esta idade, passaram a representar 3,5% dos óbitos e, nos primeiros dias de abril, 2,5% do total de falecimentos. 

A faixa entre 80 e 89 anos passou de uma média de 24,7% do total de mortos para 15,2% em março, e para 9,1% em abril. Já os óbitos entre a população de 70 a 79 anos que, em muitos estados, acabou de receber a 2ª dose da vacina, passou de uma média 25,4% do total de óbitos para 24,6% em abril. 

“A confirmação de que existem novas variantes, mais transmissíveis,  circulando em nosso meio pode explicar, em parte, a mudança de perfil da pandemia. Maior transmissibilidade significa maior número de casos e, dentro desses, matematicamente, um maior número de casos graves, que podem evoluir para óbito. Apesar disso, acreditamos que a vacinação dos idosos foi responsável pela redução das internações hospitalares pela COVID-19 nessas faixas etárias, mostrando o papel fundamental que a vacina terá no controle da pandemia”, analisa a infectologista Nicole Golin.

Casos continuam aumentando

O número de registros de pacientes contaminados, por outro lado, continuou alto em abril. Foram registrados 2.388 novos casos neste mês, um aumento de 28,8% em relação ao número de casos registrados em março, quando foram feitas 1.853 novas notificações de infectados. Com isso, o município atingiu a marca de 14.002 infectados desde o início da pandemia. Desses, 11.905 se recuperaram, 255 vieram a óbito e 1.842 seguem com a infecção ativa. 
 

*Matéria atualizada e corrigida pelo SERRANOSSA em 03/05/2021.