CPI das Finanças: confira depoimento de Zandoná

O ex-secretário de Saúde, Ivanir José Zandoná, é a primeira testemunha a depor nesta quarta-feira, dia 21, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga susposto desvio de dinheiro público na secretaria de Finanças de Bento Gonçalves. As oitivas são abertas somenta à imprensa. O depoimento de Zandoná está marcado para iniciar às 10h. O SERRANOSSA acompanha direto do local.

Confira:

10h14

Inicia o depoimento de Zandoná.

10h17

Última reunião de trabalho em que ele participou foi “bastante triste”, pela falta de recursos para pagamentos e compra de materiais e medicamentos. Ele ficou no cargo de secretário até o mês de outubro.

10h18

“Acho que foi uma grande armadilha o que fizeram com o prefeito Lunelli”, comenta. “Quem faz um roubo não espera ser pego. A situação foi planejada. Não tinha como não explodir agora, no período pós-eleitoral. Não sei se posso ajudar muito, mas espero que a CPI chegue num momento de definição”, complementa.

10h23

Zandoná confirma que muitos médicos faziam hora extra.

10h25

Zandoná: “É uma coisa tão absurda o que foi feita. Lunelli foi enganado e ludibriado. Na minha cabeça não tem outra forma de isso ter sido feito”.

10h28

Secretário conta que soube do rombo pelos jornais somente após as eleições.

10h29

“Bento Gonçalves inteiro gostaria de saber. Os executores foram Olívio e Luana, mas quem estava por trás eu não sei”, responde ao ser questionado sobre quem planejou os desvios.

10h31

Zandoná conversou com Olívio no dia das eleições e conta que ele agia como se não houvesse nenhum problema. “Dois, três dias depois levei um susto”, complementa.

10h33

Zandoná não vê alguns pagamentos como supersalários. Segundo ele, o número de horas trabalhadas condiz com as remunerações feitas. O salário pago aos plantonistas do Samu, segundo ele, são bons. Ele diz não saber ao certo o número médio de horas extras feitas pelos médicos.

10h35

Gilmar Pessutto (PSDB) questiona Zandoná sobre número de fichas distribuídos nos postos de saúde.

10h40

Pessutto pergunta que orientação ele daria ao novo secretário de saúde. Ele fala sobre cartão ponto e levantamento do custo de cada unidade de saúde e do rendimento do trabalho.

10h42

Zandoná critica propostas de campanha de alguns concorrentes à prefeitura sobre implantação de um pronto atendimento na região do bairro São Roque. “Quem prometeu isso não tem noção dos custos. Não é viável para um município de 100 mil habitantes”.

10h44

Atendimentos realizados por uma UPA do tipo 3 equivalem ao número de atendimentos realizados hoje. Ele explica que dificilmente pacientes de outras cidades vêm até Bento Gonçalves para tratar um resfriado, por exemplo.

10h49

Airton Minúsculi (PT) questiona o número de CCs na área da saúde. Zandoná diz que número nunca passou de três, que havia bastante concursados ou terceirizados via Fundação Araucária. Não havia secretário adjunto, o que foi complicado para a secretaria. Zandoná faz uma recomendação ao novo prefeito para que haja secretário adjunto nesta pasta.

10h51

Zandoná fala sobre postos de saúde em fase de construção. Ele diz que quando deixou o cargo, o município estava na espera do recebimento da segunda parcela.

10h52

Minúsculi: “Muitas vezes fiquei em dúvida, não falando da sua pessoa e nem do prefeito, sobre se seria um postinho, um galpão, só UPA ou hospital. Afinal é uma UPA ou é um hospital? E se for uma UPA, quando é que terá condições de iniciar o atendimento?”

Zandoná: “A questão foi muito mal colocada. A UPA é uma unidade extra-hospital. Nunca pode ser considerada um hospital. Era uma UPA do tipo 3 e um Hospital do Trabalhador. São duas coisas diferentes. A UPA está praticamente pronta, mas não sei que detalhes ainda faltam. Não dá para confundir as duas coisas”.

10h55

Zandoná fala que para a construção do bloco cirúrgico houve erro de uma das técnicas em Brasília, que apontava no parecer como “Hospital da Baleia”. Esta parte ficará atrás da UPA e este seria um dos motivos para atraso do início da construção.  

10h58

“Nós brigamos muito com a Fundação Araucária. Mas ela é melhor que a antiga Coomtaau, que tinha 34% de comissão”, conta. Ele fala em problemas de logísticas com a fundação, como envio de documentos para a sede da empresa, fora de Bento.

11h06

Vanderlei Santos (PP), presidente da CPI, solicita que as perguntas sejam mais objetivas e voltadas para as questões que estão sendo investigadas.

11h07

Zandoná diz que havia mais de 50 médicos terceirizados via Fundação Araucária. Pagamentos eram maiores para quem trabalhava no Pronto Atendimento 24 horas, que giravam em torno de R$ 50 a R$ 60 por hora.

11h10

Maiores salários e maiores gastos da Fundação Araucária eram com o pagamento dos médicos terceirizados. Zandoná diz não lembrar dos valores exatos, mas que salários mais altos eram dos ortopedistas em função do grande número de atendimentos realizados.

11h16

Santos pergunta a Zandoná quem ele prenderia se tivesse o poder de polícia de prender alguém. “Na minha cabeça, por enquanto são só duas pessoas. Não sei se tem mais pessoas que sabiam o que estava acontecendo e não repassaram aos seus superiores”, diz citando Olívio e Luana.

11h17

Fim dos depoimentos. Próximo a depor é o secretáro de Juventude, Esporte e Lazer, José Antônio Gava, às 12h.


Reportagem: Carina Furlanetto


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