CPI das Finanças: Jaqueline Fávero depõe

A secretária de Educação, Jaqueline Fávero, é a 11ª testemunha a ser ouvida pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o suposto desvio de recursos públicos na secretaria de Finanças. O encontro inicia ao meio-dia, na Câmara de Vereadores, e é aberto somente à imprensa. SERRANOSSA acompanha direto do local.

12h14

Inicia depoimento de Jaqueline.

12h19

Marcos Barbosa (PRB) questiona sobre contratação de Gabriel O Pensador. Jaqueline conta que ele visitou o município em dezembro de 2011. Ela fala que foi pensando em desenvolver um trabalho em determinadas escolas em bairros mais carentes.

12h24

Barbosa questiona se os livros ainda estão em Bento. Jaqueline confirma.

12h25

Ela explica que o motivo é que a devolução não pode ter custos. A empresa teria que vir até o município para fazer a retirada. Livros estão lacrados e não foram utilizados.

12h32

Barbosa questiona sobre empresa contratada por meio de carta-convite para prestar serviços na secretaria de Educação, que teria como funcionária uma militante do PT.

12h35

Jaqueline nega que tenha recebido FG e suplemento quando trabalhou na escola Paulo Freire no período de suas férias.

12h38

Jaqueline conta que, quando assumiu a prefeitura, diversos professoraes estavam com regime suplementar. Nesses quatro anos, teriam conseguido conceder licenças-prêmio a mais de 600 professores.

12h40

Barbosa questiona sobre critérios de seleção para escolas municipais. Ele pede sobre filhos de pessoas ligadas a CCs terem conseguido vaga nestas escolas. Neste momento Jaqueline explica sobre funcionamento das escolas.

12h42

Ela explica que inscrições e matrículas são realizadas diretamente nas escolas infantis. Os critérios incluem pais trabalhando, escola próxima ao zoneamento e renda. Ela diz que há diferenças entre escolas, pois em determinado bairro a renda média é maior do que em outro.  

12h47

Airton Minúsculi (PT) protestou sobre questionamentos de Barbosa, que não estariam relacionados ao objeto da CPI. Pouco antes da sessão houve atrito entre Minúsculi e demais membros da CPI. Ele não é um dos membros efetivos, mas participa das oitivas. Antes do depoimento de Jaqueline, o presidente da CPI, Vanderlei Santos (PP) apresentou requerimento proibindo vereadores que não fazem parte da CPI de fazerem perguntas às testemunhas. A proposta não foi levada adiante e, portanto, Minúsculi permanece no plenário.

Barbosa pedia à Jaqueline se implantação de horas destinadas aos professores para planejamento ter sido usado como algo político.

12h51

Valdecir Rubbo (PDT) pede sobre relacionamento entre Luana e Lunelli. Jaqueline diz que Luana era profissional.

12h54

Rubbo pede sobre números de vagas em escola infantil.

12h57

Neri Mazzochin (DEM) questiona Jaqueline se o valor para Gabriel O Pensador ser patrono não seria muito alto. Ela diz que nenhum valor foi pago e que o contrato foi rescindido.

13h01

Jaqueline fala que currículo de Luana deveria ter sido visto antes da contratação de Luana.

13h02

Neilene Lunelli (PT) parabeniza Jaqueline pelo salto que a educação teve nos últimos anos. Neilene é professora do município.

13h03

Neilene conta que participou de algumas reuniões de secretários, onde Olívio dava aval para que obras pudessem ser feitas. Jaqueline confirma declarações do ex-secretário.

13h07

Neilene pergunta se Lunelli já coagiu algum funcionário da Educação. Jaqueline nega e diz que Lunelli tem maneira democrática de trabalhar.

13h13

Jaqueline fala que secretaria tem dívidas com a Fundação Araucária.

13h16

“Cada secretário devia ter dado conta da sua pasta e isso não deveria ter acontecido”, comenta.

13h17

Jaqueline fala que é difícil neste momento apontar nomes dos culpados.

13h21

Neri Mazzochin (DEM): “a senhora daria a chave da sua casa a uma pessoa que não conhece sem investigar antes?”.

Jaqueline: “acredito que deveria ter sido investigado, sim, o currículo dessas pessoas”.

13h23

Minúsculi pergunta à Jaqueline se quem mandava na prefeitura entre abril e outubro eram Olívio e Luana, já que secretários reclamavam de falta de acesso ao sistema. Minúsculi foi secretário do Meio Ambiente, mas deixou o cargo no início do ano. No período citado por Minúsculi, Jaqueline já estava licenciada para concorrer à vereadora.

13h26

Para Jaqueline, a situação atual é revoltante.

13h27

Mazzochin fala que reajuste do funcionalismo no início do ano era um indício de que não haveria mais dinheiro em caixa. Jaqueline fala sobre período eleitoral e diz não saber se não havia dinheiro em caixa na época ou o aumento de apenas 1,8% foi por causa da legislação eleitoral.

13h28

Ivar Castagnetti (PMDB): “99% das perguntas que estão sendo feitas são conversa fora. As perguntas deveriam ser feitas para Olívio e Luana”.

13h29

Castagnetti critica postura adotada pelos colegas, afirmando que as perguntas sendo feitas estão fugindo do foco.

13h31

Castagnetti fala de três focos: Luana, Olívio e onde foram gastos os R$ 30 milhões da insuficiência financeira.

Vanderlei Santos (PP) diz que o processo da CPI já está com 1.400 páginas. “Vamos buscar informações até com a senhora do cafezinho para buscar quem são os culpados”.  

13h35

Santos questiona Jaqueline sobre falta de merenda. Jaqueline fala que 70% da merenda vêm da agricultura familiar. Ela diz que alguns gêneros de uma determinada empresa, de fora de Bento e que fechou as portas, não foram entregues.

13h41

Jaqueline diz que número de merendeiras e auxiliares da limpeza é mais reduzido nas escolas, pois são contratadas via Fundação Araucária e não há profissionais a serem chamados via concurso público.

13h42

Fim dos depoimentos. Oitivas retornam na sexta-feira, dia 23, às 8h30 quando acontece o depoimento de Ana Rosa Gobato.

Reportagem: Carina Furlanetto


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