Cresce procura por atendimento pediátrico no São Roque, em Carlos Barbosa
O que tem chamado atenção das equipes multiprofissionais do Hospital São Roque é que esse aumento de demanda no PS pediátrico já vem acontecendo desde abril, ao contrário de anos anteriores, quando era registrada a partir do final do outono
Nas últimas semanas, o aumento nos casos de doenças respiratórias fora de época ampliou a procura por emergências pediátricas nos hospitais de diversas regiões do Rio Grande do Sul. O mesmo efeito também está sendo percebido no Pronto Socorro (PS) do Hospital São Roque, em Carlos Barbosa.
O que tem chamado atenção das equipes multiprofissionais do Hospital São Roque é que esse aumento de demanda no PS pediátrico já vem acontecendo desde abril, ao contrário de anos anteriores, quando era registrada a partir do final do outono. O principal motivo para isto, de acordo com especialistas, é o fato de que os vírus respiratórios mais comuns no inverno, como Rinovírus, Bocavírus, Influenzas e principalmente o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) já estão circulando.
Tempo de espera no PS
Para lidar com o aumento do volume de atendimentos no PS pediátrico, o São Roque reforçou as equipes multiprofissionais no setor. Mesmo assim, o tempo de espera médio por atendimento segue maior do que em outros momentos, sobretudo para os casos menos complexos.
De acordo com estatística do Pronto Socorro do Hospital São Roque, nas últimas semanas, 90% dos casos pediátricos atendidos foram classificados como sendo leves. De acordo com a médica Miriam de Toni Abboud, diretora técnica médica da instituição barbosense, esse perfil de pacientes encontra maior benefício ao buscar por atendimento ambulatorial, na Clínica de Especialidades do próprio hospital ou mesmo em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), facilitando o acesso de casos mais graves à estrutura hospitalar.
“A maioria dos casos são leves. Entendemos que qualquer febre já deixa os pais alarmados, mas esse sintoma isolado nem sempre é motivo para sair correndo até o Pronto Socorro. Se a criança não mostrar sinais de abatimento, como perda de apetite ou sonolência excessiva, é sinal de que há tempo para ligar para o seu pediatra de referência e levar a criança à Clínica de Especialidades ou à Unidade Básica de Saúde para uma consulta”, descreve.
Pensando em ajudar a suprir a demanda extra de atendimentos das últimas semanas, a Clínica de Especialidades do Hospital São Roque passou a oferecer horários estendidos de atendimento em pediatria, incluindo horário vespertino, até 20h. As consultas podem ser agendadas pelo telefone (54) 3461 9282, ou pelo WhatsApp (54) 99256 1588.
Além de oferecer atendimento pediátrico 24 horas para convênios, o o Hospital São Roque também é responsável pelo acolhimento de pacientes SUS no horário noturno (entre 19h e 7h do dia seguinte).
Sintomas de alerta
Ainda conforme a médica Miriam, existem alguns sinais de alerta que devem ser levados em conta na hora dos pais decidirem se levam ou não a criança ao hospital. Ao apresentar pelo menos dois dos seguintes sintomas, é aconselhável levar a criança ao hospital: febre persistente, com pelo menos 48h de duração; sonolência excessiva; tosse persistente, vômitos em jato, esforço respiratório e lesões na pele.
Como evitar o contágio
Mesmo que uma série de vírus estejam em circulação na população, existem formas de prevenir o contágio. Entre eles, evitar a mudança brusca de temperatura, não permanecer em locais fechados por muito tempo, evitar a visitação a bebês antes dos 6 meses de idade, manter boa hidratação e alimentação saudável, além de manter o cartão de vacinação em dia.
“A retomada da medicação preventiva para pacientes crônicos é fundamental também, sobretudo nesse contexto de retomada das aulas presenciais. Não é preciso esperar uma descompensação no quadro clínico da criança para procurar ajuda”, completa Miriam.