No último domingo, 26/12, uma criança de quatro anos, identificada como Aylla Manuella Ribeiro da Piedade, morreu na cidade de Barretos, interior de São Paulo, um dia depois de ser atingida por um explosivo que caiu em seu quarto enquanto dormia.
Imagens de uma câmera de segurança mostram um jovem arremessando um objeto em direção à casa da família. Na sequência, os moradores saem desesperados do interior da residência e Aylla aparece sendo carregada no colo pelos familiares. O suspeito foi identificado como um adolescente de 14 anos.
A menina chegou a ser levada para a Santa Casa da cidade, onde chegou a ser internada, mas não resistiu. Segundo a polícia, Aylla foi atingida na nuca e no peito. A suspeita é de que o artefato tenha passado por cima do muro da casa e entrado no quarto, parando no colchão onde a criança estava dormindo.
Após a morte da menina, um grupo de cerca de 30 moradores incendiou a casa do adolescente. De acordo com o registro policial, o imóvel teve danos de grande proporção, mas não há confirmação de feridos.
Segundo a polícia, o rapaz que aparece nas imagens foi indiciado por ato infracional análogo a crime de homicídio. No domingo, a mãe dele foi ouvida na delegacia e se comprometeu a apresentar o garoto até sexta-feira, 31/12, com a presença de advogados. No inquérito policial entregue ao Ministério Público, a delegada responsável pelo caso pediu a internação provisória do jovem.
Ela também pontuou que o adolescente sabia que havia três pessoas dentro da casa de Aylla e que, mesmo assim, assumiu o risco de continuar arremessando bombas.
Em depoimento à polícia, o padrasto da menina contou que pediu para o jovem parar de atirar explosivos e que o rapaz teria se negado e respondido de forma mal-educada. Segundo relato de um tio de Aylla, o jovem teria tentado assustar o pai de Aylla após ele reclamar do barulho dos artefatos que o adolescente e amigos estavam jogando na rua.