Crianças com comorbidades começam a ser vacinadas contra a COVID-19 em Bento

No Centro de Referência Materno Infantil, uma das unidades que está aplicando a vacina, os primeiros a serem imunizados foram Enzo Gabriel Kunzler Banaletti, de 5 anos, e Miguel Ângelo Venzke Barcelos, de 8 anos

Fotos: Eduarda Bucco

A vacinação contra a COVID-19 em crianças teve início na tarde desta quarta-feira, 19/01, em Bento Gonçalves – exatamente um ano após os primeiros vacinados contra a doença no município. Nesta primeira etapa, estão sendo vacinados os pequenos de 5 a 11 anos com comorbidades e as crianças indígenas. O município recebeu 525 doses para esse primeiro público e tem a expectativa de receber mais um lote ainda na sexta-feira, 21/01, para dar início à vacinação infantil por idade. A vacina aplicada é a da Pfizer e o esquema completo contemplará duas doses do imunizante pediátrico.

Em Bento, foram destinadas salas específicas para atender esse novo público no Centro de Referência Materno Infantil (rua Doutor Antônio Casagrande) e na Unidade Central (esquina da rua Júlio de Castilhos com a José Mario Mônaco/no prédio do INSS). O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 13h às 16h30.

O SERRANOSSA esteve acompanhando o início da vacinação das crianças no Centro de Referência Materno Infantil. Por lá, os primeiros vacinados foram os pequenos Enzo Gabriel Kunzler Banaletti, de 5 anos, e Miguel Ângelo Venzke Barcelos, de 8 anos, ambos com asma. “É fundamental essa vacina, principalmente agora que eles vão voltar à escola. E que todos se vacinem”, desejou a mãe de Enzo Gabriel, Juleide Kunzler.

Já o pai de Miguel Ângelo, Miquelangelo Barcelos, externou sua indignação pelo atraso na imunização do público infantil. “Essa vacina era para ter sido aplicada em dezembro. Vinte e um dias depois era para terem aplicado a segunda dose para começar o ano letivo imunizados. Mas a irresponsabilidade das autoridades federais faz com que a gente, mesmo com a vacina, fique preocupado. Porque a imunidade ainda não é total com a primeira dose”, comentou. Durante a imunização de seu filho, Miquelangelo também deixou um recado aos demais pais: “Eu tenho reforçado que a vacina não é escudo pessoal, é coletivo. Não adianta vacinar o meu, se você que está me assistindo não vacinar o seu. E a gente é o país da vacinação. Cada um de nós tem mais de 20 vacinas feitas. Então fica aí o chamamento: vamos vacinar nossos filhos e proteger quem a gente mais ama”, declarou.

Questionada sobre as inseguranças que alguns pais ainda demonstram ao optar, ou não, por vacinar seus filhos, a secretária municipal de Saúde, Tatiane Fiorio, ressaltou os dados que podem ser observados no cenário atual da pandemia. “Está havendo um aumento expressivo de casos, mas sem agravamento. E vale lembrar também que essa vacina foi analisada e aprovada pela Anvisa. É uma vacina segura, testada e que tem sua eficácia comprovada. Então os pais não precisam ter medo”, afirmou.

Para vacinar, os pais e responsáveis devem levar a carteirinha de vacinação de seus filhos e o comprovante da comorbidade.

Confira a lista das comorbidades:

• obesidade e obesidade grave
• pneumopatias crônicas graves (como asma e fibrose cística)
• neoplasias
• crianças vivendo com HIV
• doença reumatológica
• doença renal crônica
• doença congênita, rara, genética
• doenças cardiovasculares
• diabetes do tipo 1 ou criança insulino-dependente
• cirrose hepática
• doença renal crônica
• hemoglobulina grave.