Cuidados com o açúcar na infância
Por Isabel Jereissati
Fonte: portal Minha Vida
(www.minhavida.com.br)
O açúcar em excesso é um perigo, e não é só para os dentes. O consumo exagerado na infância pode favorecer o ganho de peso excessivo. O alto consumo de doces, balas e refrigerantes pode aumentar a concentração de insulina e adrenalina no sangue, que em excesso provocam ansiedade, excitação e dificuldade de concentração nas crianças. Segundo as recomendações do Ministério da Saúde, crianças menores de dois anos não devem consumir açúcar refinado. É neste período que os hábitos alimentares estão sendo formados e, na maioria dos casos, acompanharão seu filho para o resto da vida.
A ingestão de açúcares para crianças, a fim de evitar o ganho de gordura corporal e as cáries dentárias, não deve ultrapassar 10% da energia total. Dentro deste valor encontram-se não apenas a sacarose, mas também açúcares naturalmente presentes em frutas, mel e sucos, como a frutose e a glicose. Isso significa que uma criança de dois anos de idade com 13kg deve consumir 1.300 calorias por dia sendo 16g de açúcares.
A atenção dos pais deve estar nos produtos industrializados, pois é onde a maior parte do açúcar está escondido: um copo de 200ml de suco de laranja de caixinha contém 9 gramas de açúcares; um lata de 350ml de refrigerante tipo cola contém 37 gramas e 200ml de achocolatado tem 29g de açúcares. A indústria utiliza diversos tipos de açúcar, especialmente sacarose, xarope de glicose e xarope de milho, que são desnecessários para a saúde e prejudicam o metabolismo dos carboidratos e também das gorduras, elevando rapidamente a glicose no sangue e favorecendo o acúmulo de gordura corporal e sanguínea.
O açúcar naturalmente presente em frutas, raízes, cereais e verduras faz parte de uma alimentação saudável, pois fornecem energia e ao mesmo tempo nutrem a criança com proteínas, gorduras saudáveis, vitaminas, minerais e compostos bioativos.