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Muitos tutores ficam em dúvida quanto a levar ou não o animal na viagem de férias. De acordo com Daniela Baccarin, médica veterinária e gerente de produtos da unidade Pet da MSD Saúde Animal, as mudanças na rotina do pet devem ser bem planejadas para que não haja prejuízos à saúde dele, tanto para os que viajam com seus tutores quanto para os que ficam em hotéis ou com conhecidos. “É essencial que o pet esteja protegido contra doenças, já que as chances de ter contato com outros animais nessas circunstâncias são maiores. Portanto, a vacinação é primordial, bem como a adoção de medidas preventivas de longa duração contra pulgas e carrapatos”, afirma Daniela. Para que a proteção seja efetiva, recomenda-se que o tutor consulte o seu veterinário e adote os cuidados com pelo menos uma semana de antecedência.
Além disso, é preciso certificar-se de que o animal poderá manter alguns de seus hábitos diários, como a hora do passeio e de repouso. Se o pet ficar o dia todo preso em um novo ambiente, poderá se deprimir. O inverso, que acontece quando o animal tem muitos estímulos, pode causar ansiedade. “O ideal é uma rotina minimamente parecida com a que ele tem no dia a dia”, aponta.
Gatos têm mais dificuldade de se adaptar às mudanças na rotina, sendo, portanto, mais indicado deixá-los sob a responsabilidade de alguém que possa alimentá-los e interagir um pouco com eles na própria casa – ou em outro ambiente semelhante.
Já os cachorros têm mais facilidade de se adaptar às mudanças, mas também exigem mais atenção e suporte do tutor. Viagens com muitos passeios programados e que exigem longas horas de voos podem não ser tão benéficas a eles. Hotéis e cuidadores especializados podem ser uma boa opção, mas sempre pesquise por referências antes de contratá-los.
Independente da escolha, garanta que o seu animal usará durante todo o período uma coleira de identificação, que pode ser de grande valia caso fuja ou se perca. Vale ainda lembrar que a segurança do ambiente que o animal permanecerá deve ser checada: verifique se os portões são seguros e se há telas nas janelas para evitar quedas em ambientes mais altos.
PETS QUE VIAJARÃO COM A FAMÍLIA
Normas locais: em uma viagem internacional, verifique as exigências do país de destino quanto ao recebimento de animais. Alguns lugares pedem, além da carteirinha de vacinação, uma sorologia de raiva. Mas atenção: esse exame só pode ser realizado 30 dias após a vacinação, então fique atento às datas.
Transporte: pesquise sobre os pré-requisitos de trânsito – caso viaje de carro – e cheque as regras da companhia aérea e da empresa de ônibus, quanto ao transporte do animal.
Cuidado com água: caso o local de destino tenha piscina, fique atento para que o animal não tenha acesso a ela quando você não estiver por perto. Mesmo os pets que sabem nadar podem ter dificuldade de sair da piscina, o que pode causar afogamento.
PETS QUE FICARÃO EM HOTÉIS OU COM OUTROS RESPONSÁVEIS
Rotina: se você optar por deixar o pet em um hotel, verifique a rotina de atividades promovidas diariamente e o espaço destinado a repouso do animal. Compartilhe todas as informações referentes à rotina do pet e à sua alimentação, que só deve ser alterada no período se houver recomendação do médico veterinário.
Interação com outros pets: caso o seu companheiro fique em um local com outros animais, verifique se haverá a possibilidade de mantê-los separados para evitar algum tipo de estranhamento.
Brincadeiras: se a escolha for deixar o pet em casa, certifique-se que o responsável por alimentá-lo diariamente também passará um tempo interagindo e brincando com o animal. Isso é importante para que o pet não entre em um quadro depressivo.