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Cuidar de idosos exige dedicação

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Cuidar de idoso pode parecer uma tarefa simples, mas exige atenção especial. Saber lidar com as necessidades e limitações da pessoa é uma das tarefas do cuidador. Muitas vezes os senhores e senhoras são impacientes, principalmente por verem que não podem mais fazer as coisas que faziam há uns anos atrás. A sensação de dependência pode se tornar um incômodo, o que deve ser tratado com paciência.

A coordenadora da Universidade da Terceira Idade (Unti), Isabel Marrachinho Toni, define o cuidador como uma pessoa envolvida no processo de “cuidar do outro”, no caso o idoso. “Isto sempre representa uma condição temporária e circunstancial, na medida em que o ‘outro’ está impossibilitado de se cuidar. Seus préstimos têm sempre um cunho de ajuda e apoio humanos, com relações afetivas e compromissos positivos”, frisa.

Para Isabel, o cuidador precisa de pelo menos três características principais. “Deve ter habilidades técnicas para prestar atenção e cuidados ao idoso; qualidades éticas e morais para permitir relações de confiança, dignidade, respeito; e ainda qualidades emocionais, como domínio e equilíbrio emocional e facilidade de relacionamento humano”, descreve a coordenadora da Unti. Além disso, ela destaca que a pessoa que exercer a atividade precisa ter também capacidade de compreender os momentos difíceis vividos pelo idoso e as mudanças sofridas por ele e pela família, assim como tolerância frente às situações de frustração pessoal.

A rotina e tarefas do cuidador, conforme Isabel, depende do grau de dependência do idoso e do contrato que foi acertado junto à família, pois a função ainda não é reconhecida pela Ministério do Trabalho como profissão e não há legislação que a regule. “Os principais cuidados que devem ser observados são quanto à alimentação, higiene, conforto, medicação e atividades de lazer do idoso”, cita.

A relação do cuidadores com o idoso necessita de confiança, respeito e lealdade. Muitas pessoas passam a tratar o idoso como criança, utilizando também apelidos infantis. “É necessário entender que aquela continua a ser a mesma pessoa de antes que se encontra, no momento, com algumas dificuldades quanto a sua independência, não se infantilizou por conta disso. Precisa então ser respeitada como um adulto”, afirma Isabel. O cuidador também precisa procurar conhecer a família do idoso e manter uma relação de confiança mútua e entendimento.

Cursos

A Universidade de Caxias do Sul estará abrindo vagas para o curso Cuidadores Informais de Idosos, em Caxias do Sul. De acordo com a coordenadora da Unti, as aulas irão ocorrer em março de 2012. A atividade, com carga horária de 60h, trabalhará aspectos gerais do envelhecimento humano, área da saúde, psicológica, social e espiritual. Mais informações podem se obtidas pelo telefone (54) 3218 2355.

A Universidade da Terceira Idade (Unti) é um programa institucional de extensão da Universidade de Caxias do Sul. É direcionada para pessoas a partir dos 50 anos.

Carinho é fundamental

A cuidadora Almerinda da Rosa Borges, 44 anos, trabalha há cerca de sete meses cuidando de um senhor que foi diagnosticado com Alzheimer. “Fui chamada para cuidar dele quando estava internado no hospital. Depois tive outro emprego, mas acabaram pedindo que eu voltasse. Pedi as contas e voltei”, lembra Almerinda.

Há cerca de sete meses ela convive diariamente com Lodo Horbach, 78. “Criei por ele uma afeição muito grande. É como se fosse meu avô. Não sei se consigo sair e ir trabalhar em outro lugar”, descreve a cuidadora. Para Almerinda, quem trabalha nesta atividade precisa gostar, ter paciência, carinho. “Não adianta ter nojo. Tem que entender em alguns casos terá que limpar e dar banho também”, avisa. Horbach, que passou 105 dias internado e agora está muito bem em casa, destaca o trabalho da cuidadora. “A gente se acertou. Ela me trata muito bem”, comenta.

Na rotina diária, ela ajuda no banho e na hora de vestir, prepara as refeições, acompanha as caminhadas e realiza as tarefas domésticas. “Agora ele já está melhor, levanta, vai ao banheiro e quase toma banho sozinho. Antes eu precisava fazer tudo com ele”, afirma. O incentivo da cuidadora em conversar e não deixar que o idoso fique muito tempo parado tem colaborado com para que ele continue uma pessoa ativa.

Dicas para cuidadores

*Aceite o idoso como ele é, sem preconceitos de gênero, raça, nacionalidade, origem, doença, entre outros;

*Execute um plano de cuidados diários para desenvolver uma forma sistemática. Isso vai facilitar tanto o cuidador quanto a pessoa cuidada a conhecer o cronograma de atividades e o ritmo de atendimento e fornecer segurança para ambas as partes. Os objetivos no plano de cuidados devem ser claro, fáceis de ser realizados e a curto prazo;

*O plano de cuidado deve ser tomado em consideração às preferências e os hábitos da pessoa idosa em uma situação de dependência, sempre que possível;

*Aja com calma e paciência. O tratamento deve ser respeitoso, profissional (para o cuidador) e humanizado. No entanto, deve haver segurança para evitar a superproteção, o que tende a aumentar ainda mais a situação de dependência;

*Evite apelidos que infantilizem a pessoa mais velha. Chamá-los de “meu neném”, “vovozinha”, “minha criança” ou algo semelhante pode ser humilhante, irônico e abala a autoestima da pessoa idosa;

*Muita dependência é positiva apenas para quem cuida e porque a pessoa idosa está em uma situação de fragilidade.  A confiança é sempre um valor a buscado e depende da relação de cuidado entre o familiar, o cuidador e o idoso;

*Respeite a individualidade da pessoa. No caso de uma instituição de longa permanência, não é bom rotular “todos” os idosos, por exemplo, sob o mesmo denominador, ou seja, todos são muito parecidos no tratamento. Embora possam apresentar problemas e doenças semelhantes, cada pessoa idosa deve ser tratada e considerada individualmente;

*É importante que o cuidador de idosos ou o familiar estejam dispostos a ouvir, apoiar e explicar. O que isso significa? Basicamente, significa deixar a pessoa idosa tomar suas próprias decisões, quando tiver condições para tal.

Fonte: www.cuidardeidosos.com.br

 

Francine do Nascimento Ghiggi


 

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