Dormir bem e por tempo suficiente é fundamental para uma vida saudável. Mas e quando uma cama cheirosa, travesseiros e colchão fofinhos resultam em uma péssima noite de sono? Isso pode ocorrer caso o prazo de validade do colchão e dos travesseiros tenha vencido. E eles podem se tornar vilões se já não cumprirem mais a função de dar conforto ao corpo.
De acordo com a mestre em ortopedia e traumatologia Ana Paula Tedesco, de Caxias do Sul, o colchão deve ser trocado ao perder as características originais de suporte adequadas ao peso do corpo. Se ele ficar macio demais, deformando-se na área onde fica o corpo, é sinal de que é hora de aposentá-lo. Com relação aos travesseiros, sugere-se que sejam substituídos quando não tiverem mais a altura aconselhável, ou seja, não preencherem mais o espaço entre o ombro e a cabeça, ao lado do pescoço.
A utilização de travesseiros e colchão que já tenham perdido a qualidade inicial pode provocar problemas de saúde, especialmente para a coluna. “Quando o colchão fica velho e perde as características originais de manutenção do corpo, faz com que a coluna vertebral fique em posições inadequadas, causando desvios durante o sono, que pode resultar em dores musculares”, descreve a médica. Quanto aos travesseiros, Ana Paula explica que quando ficam muito baixos devido ao uso, eles permitem que a coluna cervical fique mal posicionada, contribuindo para o surgimento de dores no pescoço e nos ombros.
Atenção na compra
Na hora de comprar um colchão novo, é preciso levar em conta a densidade da espuma. Segundo a ortopedista, para pessoas com peso de até 70 quilos, um colchão na faixa D28 é suficiente. Já para quem pesa até 90 quilos o ideal é optar por um D33, enquanto que o D45 é a opção para quem pesa até 130 quilos. “O colchão de molas não precisa atenção para o peso”, destaca. Se a dúvida for se o melhor é o de molas ou de espuma, Ana Paula esclarece que se trata de uma preferência pessoal. “Do ponto de vista ortopédico, não há uma indicação formal para um ou outro. A escolha será determinada pelo conforto”, explica.
Francine Ghiggi
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