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Cursos a distância do IFRS auxiliam segurados do INSS em reabilitação profissional

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Por meio de uma cooperação técnica entre o IFRS e o INSS, seis cursos on-line são disponibilizados para beneficiários da região Sul do País

Foto: John Schnobrich/Unsplash

Segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) afastados do trabalho por questões de saúde podem se qualificar remotamente para buscar novas oportunidades. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) e o INSS firmaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT). Com isso, trabalhadores inscritos no Programa de Reabilitação Profissional já encontram à disposição seis cursos de qualificação on-line oferecidos pelo IFRS e organizados especialmente para os beneficiários dos três estados do Sul do país (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). São os cursos: Programador Web, Agente de Alimentação Escolar, Assistente Administrativo, Organizador de Eventos, Vendedor e Secretário. Todos têm carga horária de 200 horas.

Esta é a primeira vez que o INSS disponibiliza uma oferta de cursos exclusivamente à distância no Programa de Reabilitação Profissional (RP). “Atualmente, a educação e o trabalho de forma remota são realidades muito mais estruturadas e potencializadas do que em tempos atrás”, observa a chefe dos Serviços Previdenciários no âmbito da Superintendência Regional Sul do INSS, Leticia Lopes Soares. Ela complementa que o processo de Reabilitação Profissional precisa acompanhar as novas dinâmicas. “Entendemos que todas as possibilidades se somam: cursos EaD, cursos presenciais e treinamentos práticos, de forma remota e/ou presencial”.

A coordenadora de EaD do IFRS, Júlia Marques Carvalho da Silva, salienta que a parceria com o INSS ressalta o papel da educação a distância no alcance de lugares além das unidades físicas do IFRS. “Como os cursos são de diversas áreas do conhecimento, esperamos que cada segurado possa se identificar com uma das opções.”

Como funciona

O segurado é encaminhado ao Serviço de Reabilitação Profissional do INSS pela Perícia Médica Federal, após avaliação pericial, ou por indicação judicial. Ao chegar à equipe, ele passa por uma avaliação socioprofissional. A partir das potencialidades laborais avaliadas e das restrições levantadas pela perícia médica, inicia-se o processo de orientação profissional na busca por uma nova função ou de soluções para a adaptação no trabalho que a pessoa já executava.

Caso as potencialidades do beneficiário sejam avaliadas como compatíveis com algum dos cursos oferecidos pelo IFRS, imediatamente o INSS oferta ao segurado a opção de se qualificar para o reingresso no mercado de trabalho. “Além de monitorar o processo de reabilitação, cabe ao profissional de referência do INSS que acompanha o trabalhador dentro do PRP orientá-lo e direcioná-lo, oferecendo-se, inclusive, para efetuar o seu cadastro na plataforma do IFRS e para monitorar o processo de reabilitação”, destaca Letícia Soares.

Para participar do curso, é necessário ter um computador, tablet ou celular com acesso à internet. A capacitação pode ser realizada no horário de preferência do segurado, pois não há tutoria. Ao concluir todas as atividades propostas, o participante recebe um certificado.

Sobre o Serviço de Reabilitação Profissional

O Serviço de Reabilitação Profissional objetiva proporcionar meios de reingresso ao trabalho, sendo um deles o oferecimento de cursos e/ou treinamentos práticos que permitam ao segurado conhecer, estudar e vivenciar novas possibilidades laborais. Para os cidadãos encaminhados ao PRP, a manutenção do auxílio por incapacidade temporária depende da sua permanência no programa.

O segurado que está incapacitado parcialmente ou totalmente precisa encontrar um novo trabalho que respeite suas limitações, mas valorize suas habilidades e potencialidades. “Ao ampliar o leque de modalidades de cursos disponíveis aos reabilitandos, a cooperação técnica entre os dois institutos se torna, para milhares de brasileiros, uma importante força propulsora rumo à recuperação de uma vida laboral ativa”, conclui Letícia Soares.

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