Daer promete tapar buracos do acostamento
Se você estiver trafegando nas proximidades do Trevo da Telasul – entroncamento da RSC-470 com a RSC-453 – e precisar utilizar o acostamento, prepare-se: os buracos na faixa que ladeia a rodovia, especialmente no sentido Farroupilha – Garibaldi, podem provocar mais danos ao seu veículo do que qualquer imprevisto que tenha ocorrido na pista principal. A promessa do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) é que as imperfeições sejam corrigidas nas próximas semanas, mas, quando se trata desse trecho, as ações do governo estadual não costumam ser imediatas.
Apesar de o trânsito pelo acostamento ser proibido, a prática é comum entre os condutores que seguem em direção a Bento Gonçalves, sobretudo em horários de pico. O tráfego no local é intenso e por vezes filas enormes se formam para transpor o trevo em direção a Garibaldi, o que faz com que muitos motoristas optem por “atalhar” o caminho pela lateral, onde há uma faixa não asfaltada e repleta de desníveis.
Enrolação
Nesse trecho, não são só os buracos que têm preocupado e irritado as autoridades da região. A reivindicação para construção de um novo trevo no entroncamento das rodovias é antiga e conta com o apoio de diversas empresas e entidades. Apesar dos esforços, a obra ainda não tem previsão para sair do papel. “O Daer está aguardando que a CIC [provavelmente referindo-se à Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha (Cics-Serra)] entregue o projeto do trevo. Eles já entregaram uma versão, mas falta outra. A autarquia irá examiná-lo e executar a obra”, garantiu a assessoria do Daer.
A alegação é desmentida pelo presidente da Cics-Serra, Ademar Petry. Na edição do último dia 8, o SERRANOSSA publicou reportagem em que Petry alega que o projeto – uma alternativa à construção de um viaduto, já considerada inviável pelo governo – foi entregue ainda no mês de julho. Em seguida, o Daer prometeu, segundo a Cics-Serra, que atenderia à solicitação de destinar um engenheiro para auxiliar na finalização do trabalho. O profissional nunca foi disponibilizado pela autarquia.
Petry afirma que, com o engenheiro trabalhando no projeto, seria possível concluí-lo em, no máximo, 30 dias, e depois partir para a captação de recursos. “O Daer está nos enrolando. Esse é um procedimento típico de quem não quer fazer nada e, ainda por cima, quer culpar os outros por sua incapacidade. Queremos uma posição, nem que seja a de que não vão fazer”, argumentou Petry. A estimativa é de que a obra custe aproximadamente R$ 3 milhões.
Questionada novamente sobre a disponibilização de um profissional, a assessoria do Daer restringiu-se a informar que a documentação entregue refere-se à planta baixa e não ao projeto, o qual o Daer segue aguardando. A informação teria sido dada pelo diretor de Gestão e Projetos, Miguel Molina.
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