Das mãos de Alexandre de Moraes, Lula recebe diploma de 39º presidente do Brasil

Cerimônia de diplomação do presidente e vice-presidente eleitos aconteceu na tarde desta segunda-feira, 12/12, no Tribunal Superior Eleitoral

Foto: Ricardo Stuckert

Na tarde desta segunda-feira, 12/12, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) diplomou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) como presidente e vice-presidente do Brasil, respectivamente. A cerimônia comandada pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, marcou o fim do processo democrático de 2022 no país.

Em sua fala, Lula relembrou a sua primeira diplomação, em 2002. “[…] lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder – para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário – o diploma de presidente da República”, disse Lula emocionado.

O petista destacou a importância do processo democrático para o país, citando ataques e questionamento sobre sua lisura. “A democracia não nasce por geração espontânea. Ela precisa ser semeada, cultivada, cuidada com muito carinho por cada um, a cada dia, para que a colheita seja generosa para todos. Mas além de semeada, cultivada e cuidada com muito carinho, a democracia precisa ser todos os dias defendida daqueles que tentam, a qualquer custo, sujeitá-la a seus interesses financeiros e ambições de poder. Felizmente, não faltou quem a defendesse neste momento tão grave da nossa história.”

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também foi diplomado. Foto: Reprodução TSE/YouTube

Ao final de seu discurso, o agora presidente diplomado reforçou seu compromisso com o povo brasileiro. “É com o compromisso de construir um verdadeiro Estado democrático, garantir a normalidade institucional e lutar contra todas as formas de injustiça, que recebo pela terceira vez este diploma de presidente eleito do Brasil – em nome da liberdade, da dignidade e da felicidade do povo brasileiro”, finalizou.

Em seu discurso, Moraes reforçou que as eleições brasileiras foram seguras, que nenhum crime ou fraude foi detectado. Ele também afirmou que aqueles que divulgaram notícias falsas em massa, com intenção de prejudicar o processo eleitoral, serão punidos. “Os extremistas, criminosos, milícias digitais começaram a atacar a mídia tradicional, para substituir livre debate por mentiras. Coube à justiça eleitoral atuar de maneira séria e firme para evitar que desinformação maculasse liberdade de eleitores e eleitoras”, completou Moraes.

Entre os presentes estiveram o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, os ministros do STF Gilmar Mendes, Luis Roberto Barroso, Carmen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Carlos Horbach, o procurador-geral da República, Augusto Aras, além dos ex-presidentes Dilma Rousseff e José Sarney.