Desde a última quarta-feira, dia 5, parte dos servidores públicos municipais paralisaram suas atividades reivindicando pagamentos atrasados de novembro. Pela legislação, a data para o acerto é o último dia do mês. De acordo com a prefeitura, o dinheiro está em caixa, mas o pagamento só pode ser realizado com alteração no orçamento, o que precisa de aval da Câmara. Uma proposta para suplementação orçamentária de R$ 24,2 milhões foi rejeitada pela maioria dos vereadores. A alegação para o voto contrário foi amparada em parecer da assessoria econômica, que apontou que o recurso financeiro não estaria de fato disponível e que seria uma alteração feita apenas no papel.
Com isso, dois novos projetos de suplementação orçamentária foram encaminhados ao Legislativo. Eles serão apreciados na tarde desta sexta-feira, dia 7, às 16h, em sessão extraordinária. De acordo com a procuradora do município e secretária interina de Finanças, Simone Azevedo Dias, a aprovação da proposta é fundamental. “Assim podemos abrir números nas dotações e com isso injetaremos esses recursos para os pagamentos necessários”, comenta. Ela diz ainda que, com a aprovação do projeto, a insuficiência financeira do município seria reduzida para R$ 9 milhões. “Isso refletirá inclusive, e principalmente, na próxima gestão e consequentemente no município como um todo, pois o número de pessoas e fornecedores que ficarão sem receber será muito menor do que no caso da não aprovação do projeto”, complementa.
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