Depilação íntima: mitos e verdades sobre a prática

Quando o assunto é depilação íntima feminina, o que impera é o gosto da cliente. No Brasil, é muito comum a remoção quase que total dos pelos da região, sendo preservado apenas um filete na região frontal ou mesmo a retirada total – técnica que ganhou fama internacional, sendo chamada de “brazilian wax” (em português, depilação brasileira). Entretanto, algumas mulheres vão contra essa moda e preferem um estilo mais “natural”, seja com uma depilação menos “cavada” ou até mesmo removendo o mínimo possível. Os pelos em excesso normalmente são relacionados à maior chance de infecção e à presença de odores desagradáveis na região, mas será que é realmente isso que acontece? Confira a opinião de especialistas no assunto. 

Depilação total

A higiene está relacionada em primeiro lugar à limpeza da área, e não à quantidade de pelos. Uma área íntima depilada, mas cuja mulher não faz a limpeza adequada, não será mais higiênica do que uma região bem cuidada e sem depilação – ou com uma depilação mais discreta, que não é total. 

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Depilação x mau cheiro

Apenas se a higiene não estiver sendo feita de forma adequada. “A depilação pode facilitar a higiene, e dessa forma fazer com que os odores diminuam”, explica a dermatologista Valeria Campos, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Isso ocorre porque na base do pelo há glândulas que produzem suor e gorduras para lubrificar e resfriar a pele, que podem se acumular e causar um odor desagradável. Uma sugestão para quem optar por não depilar completamente é manter os pelos aparados, reduzindo o risco da concentração de suor e sebo na região.

Depilação x prazer

“Não existe nenhuma relação fisiológica entre depilação e prazer sexual”, declara a ginecologista Sueli. O que pode acontecer é algumas mulheres se sentirem mais à vontade com a área íntima depilada, ou então deixar acordado com o parceiro que a depilação é um ponto a ser considerado para ajudar na excitação. 

Inflamações

Mulheres que têm a pele mais sensível e fazem depilação, principalmente com cera, podem sofrer com a dificuldade de o pelo romper a pele e crescer normalmente, gerando a foliculite (pelos encravados). “Se ocorrer com muita frequência, deve-se procurar um dermatologista para tratamento e orientação, sendo indicada, em alguns casos, a depilação definitiva a laser na virilha, que é o local mais acometido pela foliculite. Diante de uma reação intensa pós-depilação, lave bem a área e procure seu ginecologista caso não haja melhora”, explica a ginecologista Rose Amaral, de São Paulo. Também é importante que todo o material seja descartável e de uso pessoal. 

Infecções

Os pelos funcionam como uma defesa para o nosso organismo, e a depilação total pode comprometer essa proteção. Segundo a dermatologista Valeria, a depilação em si – seja com ceras ou lâminas – deixa a pele da vulva com os poros entreabertos ou até mesmo com pequenas fissuras, favorecendo infecções. Por isso é importante focar nos cuidados pré e pós depilação. “Higienizar bem a área antes e lavar e usar produtos calmantes logo após o procedimento são fundamentais para evitar irritações”, explica. E para quem é da turma da depilação, fica a dica: é recomendado preservar uma faixa de pelo com 2cm de largura, em média, evitando assim o atrito direto da vagina com roupas e absorventes, consequentemente diminuindo o risco de infecções e irritações.

Pele escura

“Qualquer irritação pode gerar um escurecimento local, por isso a melhor depilação deve ser escolhida com muito cuidado, respeitando as características da pele para não prejudicá-la”, diz a dermatologista Valéria. Por isso, o ideal é conversar com um especialista para decidir qual o melhor método a fim de evitar o escurecimento da sua pele. Caso a pele já esteja manchada, consulte um profissional e procure o tratamento adequado para o seu tipo de pele. 

Intervalo

“Se a sua pele não fica irritada, você não precisa esperar entre uma depilação e outra”, afirma a dermatologista Valéria. No entanto, se você sofre com irritações, coceira vaginal ou mesmo foliculite, é sempre prudente aguardar um intervalo de no mínimo 30 dias entre as sessões.


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