Desemprego atinge 13,7% da população brasileira em época de pandemia
Cerca de três milhões de pessoas ficaram sem trabalho nos últimos quatro meses de pandemia. O dado está presente na edição semanal da PNAD COVID19, pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 14/08, pelo IBGE. A taxa de desocupação chegou a 13,7% na quarta semana de julho, atingindo 12,9 milhões de pessoas. Na primeira semana de maio, quando a pesquisa teve início, 9,8 milhões estavam sem trabalho (um aumento de 31%). No Rio Grande do Sul, o dado mais recente (referente a junho de 2020) indica que 9,7% dos gaúchos estão desocupados – um dos menores índices do Brasil. A taxa somente é menor no Sergipe, em Rondônia, no Piauí e em Santa Catarina.
O número de pessoas trabalhando de forma remota ficou estável (8,3 milhões) na quarta semana de julho. No início da pesquisa, 8,6 milhões estavam trabalhando de casa. Já o grupo de pessoas que gostaria de trabalhar, mas não procurou emprego, devido à pandemia ou por falta de trabalho na localidade em que vive, ficou em 18,5 milhões.
A taxa de informalidade (33,5%) nesta última pesquisa subiu na comparação com a terceira semana de julho (32,5%). Isso representa 27,2 milhões de pessoas na informalidade, cerca de 2,7 milhões a menos do que o contingente do início de maio (29,9 milhões).
Entre os informais estão os empregados do setor privado sem carteira; trabalhadores domésticos sem carteira; empregadores que não contribuem para o INSS; trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS; e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente.
Auxílio Emergencial
Em todo o Brasil, 43% dos domicílios receberam o Auxílio Emergencial do Governo Federal. No Rio Grande do Sul, a porcentagem chegou a 27,7% em junho, a segunda menor taxa de recebimento de todo o país. O RS perde apenas para Santa Catarina, onde apenas 23,8 dos domicílios receberam o benefício social.