Dezenas de cães resgatados nas enchentes são enviados ao Rio de Janeiro para serem adotados
Os animais resgatados das enchentes de maio já passaram por abandono, alagamento e enfrentaram o frio. Valentes, eles foram resgatados, acolhidos em abrigos e seguem aguardando por quem possa lhes dar um novo lar. Um exemplo do compromisso do governo do Estado com a adoção desses animais ocorreu na sexta-feira, 19/07: 55 cachorros passarão a ter uma nova vida no Rio de Janeiro.
Graças à parceria entre o governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), o Exército Brasileiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) e os projetos Arcanimal e Grupo de Resgate de Animais em Desastres (Grad), os animais seguiram de avião para a cidade do Sudeste. Alguns deles já foram adotados por novos tutores, enquanto outros participarão da campanha Adote um Pet Gauchinho.Serão realizadas feiras de adoção nos dois próximos finais de semana (20 e 21 de julho e 27 e 28 de julho) em sete shoppings da cidade do Rio de Janeiro. A campanha, que é uma iniciativa de empresárias cariocas e conta com o apoio de artistas, tem como objetivo encontrar novos lares para os cães resgatados.
Força-tarefa
Logo cedo, por volta das 7h, os 55 cães, adultos e filhotes, acomodados em caixas de transportes e com enfeites colados na testa e nas orelhas, aguardavam para serem embarcados no avião da FAB. De acordo com a coordenadora estadual do Gabinete de Resposta à Fauna da Sema, Amanda Munari, os animais já estão vacinados, esterilizados e identificado com microchips.
Toda a ação foi acompanhada e supervisionada por médicos veterinários do Grad. Além dos voluntários dos projetos envolvidos, um grupo de 12 militares do Exércitos auxiliou na acomodação dos cães e no transporte até a Base Aérea de Canoas em caminhões do 3º Regimento de Cavalaria.
“Após a enchente, temos auxiliado em diferentes frentes de transporte e resgate, como na operação Taquari, no salvamento de cavalos e de animais de pequeno porte, pois o regimento já tem uma expertise no trato com os bichos. Estamos juntos à Sema tanto no transporte quanto nas feiras de adoção”, ressaltou o capitão Pedro Henrique Bombardelli.
Segundo o tenente-coronel Fábio Tavares, da FAB, a aeronave que levou os cães foi uma KC-390, usada tanto para carregar cargas, quanto para passageiros, humanos e animais. “É um esforço conjunto, desde o começo da catástrofe. Sempre que possível, estamos disponíveis para servir a sociedade brasileira e o povo gaúcho”, disse.
A aeronave decolou por volta das 15h30 e o voo estava previsto para durar cerca de 1h30 até o Rio de Janeiro. Por lá, voluntários do Grad aguardavam a chegada dos animais. O voo foi acompanhado pela médica veterinária Carla Sássi, integrante do Grad, para garantir a saúde e o bem-estar dos cães. “Eles tiveram uma chance quando foram resgatados e, agora, terão uma segunda chance: a de encontrar uma nova família. Estamos na torcida para que sejam acolhidos, porque assim, levaremos outros animais”.
Caso não sejam adotados no Rio de Janeiro, eles ficarão em Organizações Não Governamentais cariocas que acolhem animais e que são parceiras do Grad.