Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil: a importância do diagnóstico precoce

Dados registram que 50 crianças de zero a nove anos morreram vitimadas pelo câncer no Rio Grande do Sul, em 2016, segundo a atualização mais recente do banco de dados do Estado. Isto equivale a um índice de 3,63 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária. A leucemia linfoblástica aguda está em primeiro lugar nos números de casos e em segundo aparece o câncer de cérebro.

A coordenadora da Política Estadual da Saúde da Criança da SES/RS, Andrea Leusin de Carvalho, adverte que “estudos apontam que fatores genéticos e mutações cromossômicas estão relacionados a vários tipos de câncer na infância.”

Segundo a coordenadora, a prevenção deve começar com o acompanhamento durante a gestação. “No pré-natal, é necessário identificar possíveis doenças genéticas ou prevenir doenças crônicas.” Ela também salienta a importância da realização de consultas de rotina da criança. “Com o diagnóstico precoce é possível curar em torno de 70 a 80% dos casos”, afirma.

Andrea lembra que hábitos de vida saudáveis na infância, como uma rotina de atividades físicas e cuidados na alimentação também são estratégias de prevenção.

Para o diagnóstico e tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), as portas de entrada são as consultas em unidades da atenção primária em saúde ou em serviços de emergência. Para a continuidade do tratamento, a criança é encaminhada para os serviços especializados. O tipo de tratamento depende do momento em que a doença foi diagnosticada e é definido após ser realizada a avaliação do estágio em que a doença se encontra.