Dicas para não errar na escolha do espumante para a virada do ano

Escolher o espumante para o Ano Novo é relativamente fácil para quem mora no Rio Grande do Sul. O Estado é responsável pela grande maioria dos espumantes elaborados no país. A Serra Gaúcha é a região internacionalmente reconhecida pela excelência na elaboração de espumantes, com dezenas de rótulos premiados em todo o mundo. Outras regiões, como a Campanha Gaúcha, a Serra do Sudeste e os Campos de Cima da Serra, também evoluíram bastante nos últimos anos e hoje possuem bons espumantes disponíveis aos consumidores. A cada 10 garrafas de espumantes vendidos no país, 8 são de espumantes brasileiros. Isso demonstra a confiança do consumidor nos produtos nacionais. 
Pensando nisso, o sommelier e presidente da Associação Brasileira de Sommeliers do Rio Grande do Sul (ABS-RS) separou algumas dicas práticas para quem ainda não comprou o espumante da virada.

Antes de tudo, porém, Orestes explica que um espumante é um vinho com borbulhas. "Essas bolhas, chamadas de perlage, surgem depois de uma segunda fermentação que não libera o gás carbônico para o ambiente e o incorpora ao líquido proporcionando a formação de borbulhas", detalha.

Há dois métodos de fabricação de espumantes: Charmat e Champenoise (também conhecido como método tradicional). "Isso é importante observar na hora de escolher seu espumante preferido. Cada garrafa tem no rótulo a descrição Charmat ou Champenoise (tradicional)", pontua.

No método Charmat, a segunda fermentação ocorre em grandes tanques pressurizados. Por isso, a produção é em maior quantidade e os preços são, em geral, mais baratos (até R$ 50). Os espumantes Charmat são leves, frutados, ideias para o verão e a noite de Réveillon. São amplamente comercializados em supermercados, inclusive com promoções nesta época do ano. "Escolher um espumante brasileiro Charmat é a dica mais certeira e econômica que eu posso dar", aconselha.

Já no método Champenoise, ou tradicional, a segunda fermentação ocorre na garrafa. Assim, leva mais tempo para ser elaborado e precisa de mais mão de obra. Resultado: é uma bebida mais complexa, que pede a companhia de uma comida, e portanto é mais caro, acima de R$ 50. Os melhores exemplares estão em lojas especializadas (muitas delas entregam em casa). O método Champenoise segue a tradição francesa de vinificação utilizada pelos franceses produtores de champagne. 

Além dos métodos de produção, vale observar a doçura do espumante. Há dois grandes grupos – seco ou doce. "Entre os doces, temos o moscatel e o demi sec, que possuem maiores quantidades de açúcar. Os secos (Nature, Extra Brut e Brut) têm menos açúcares residuais. Não há melhor ou pior. O melhor espumante é aquele que você gosta. Confie no seu paladar e na sua intuição", finaliza.

Breve classificação dos espumantes em relação à doçura:

– Espumante Nature (até 3 gramas de açúcar por litro);
– Espumante Exta-brut (entre 3 e 8 gramas por litro);
– Espumante Brut (entre 8 e 15 gramas de açúcar por litro);
– Espumante Demi-sec (20 a 60 gramas de açúcar por litro);
– Espumante Doce (dosagens superiores a 60 gramas de açúcar por litro).
 

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