“Discussão dos incentivos [fiscais] tem que ser realista e caso a caso”, diz FIERGS sobre decretos de Leite

A entidade acredita que há possibilidade de diálogo com o governo estadual

Foto: Secom

Gilberto Porcello Petry, presidente de Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), acredita que a retirada do projeto de aumento do ICMS, do governo Eduardo Leite (PSDB), teve motivos políticos, mas também ‘bom senso’ do governador.

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“A proposta de elevação da alíquota do ICMS vinha polarizando a discussão. Agora, com a retirada do projeto, há espaço para dialogarmos sobre a situação fiscal do Estado em bases realistas e sensatas, diz ele”, disse o presidente em nota encaminhada pela entidade.

Agora, a FIERGS pede a revogação dos decretos que cortam incentivos fiscais de 67 setores da indústria gaúcha. O presidente aponta que uma nova discussão deve ser iniciada. Na visão da FIERGS, os chamados estímulos, incentivos ou benefícios fiscais são, na prática, simples necessidade de equilibrar a competitividade do que se fabrica no Rio Grande do Sul diante de produtos ou segmentos concorrentes de outros Estados e até de países vizinhos.

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“Os denominados incentivos não são fruto da generosidade do Governo, mas sim compensações fiscais imprescindíveis para gerar e manter empregos e renda para os gaúchos, através da retenção de empresas”, enfatiza Petry.

A entidade propõe que a discussão seja feita caso a caso, com profundidade, e baseada em dados da receita estadual durante 2024. Por fim, o presidente da FIERGS lembra que o principal argumento utilizado para elevar a arrecadação de ICMS no Rio Grande do Sul “não existe mais, pois houve a supressão no texto da Reforma Tributária do dispositivo que vinculava a receita do imposto entre 2024 e 2028 à partilha do novo tributo a ser instituído no País”, disse o presidente.

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A retirada

O projeto de aumento do ICMS de 17% para 19,5% seria votado nesta terça-feira, 19/12, na Assembleia Legislativa. Contudo, na noite de segunda, 18/12, Leite anunciou que o governo estaria retirando o PL da pauta.

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“Ao longo desses 30 dias o debate foi feito, manifestações de entidades, o governo esclarecendo e a gente chega às vésperas da votação na Assembleia Legislativa com a manifestação de muitos parlamentares de não desejarem avançar com essa proposta. E nós respeitamos essa percepção e, portanto, estamos encaminhando a retirada do projeto e vamos dar sequência ao plano alternativo para garantir as receitas do Estado”, disse o governador.

Plano B

O plano alternativo do Estado é baseado em três pilares de cortes de benefícios fiscais.

O primeiro deles é a retirada gradual de 40% dos incentivos fiscais que são concedidos a 64 setores. A cada semestre, a partir do início de 2024, o governo do Estado retiraria 10% dos benefícios. O segundo eixo de retirada de benefícios fiscais terá a consequência de ampliar o ICMS sobre os itens da cesta básica para 12%. Atualmente, estes produtos são isentos ou pagam 7% de imposto.

O terceiro eixo do plano B limitaria um benefício fiscal chamado de Ampliação do Fator de Ajuste de Fruição (FAF). Trata-se de uma redução da cobrança de imposto para as empresas que adquirem insumos e produtos produzidos no Estado.

No sábado, 16/12, Leite publicou os decretos da retirada dos benefícios.

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