Dissídio dos metalúrgicos continua sem acordo

Com o fim das rodadas oficiais de negociação no dia 18 de junho, trabalhadores e o Sindicato Patronal reuniram-se novamente nesta terça-feira, 28, para tentar chegar a um consenso para o dissídio da categoria. Segundo o vice-presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs), Leandro Velho não há porque não atender ao pedido dos trabalhadores. “As empresas continuam apresentando crescimento acima do esperado pelos empresários. E em 2010, a média de crescimento superou os 31%,” rebate o sindicalista.

A liderança dos empregados já havia apresentado na última sexta-feira, 24, uma contraproposta aos 14% solicitado aos empresários do início das negociações. O resultado da reunião desta terça ainda continua em segredo. Conforme as assessorias das duas entidades, haverá mais um encontro nesta quarta-feira, 29, entre empregadores e empregados, para discutir um novo índice.

Enquanto não há entendimento entre as partes, a direção do Sindicato continua mobilizando os trabalhadores. Nesta semana foram realizadas assembleias com os trabalhadores das empresas Agrale e Guerra. Nas duas metalúrgicas os sindicalistas convocaram os trabalhadores a participarem da assembleia-geral, que será realizada na próxima sexta-feira, dia 1º, às 10h, em frente ao Sindicato, para decidir se a categoria aceita a proposta do Simecs.

Os metalúrgicos pretendem reunir os trabalhadores nas portas das fábricas e seguir em caminhada até a sede central da entidade. A intenção é mobilizar a categoria em pelo menos 15 empresas da cidade.

Antecipação salarial

No dia 21, o Simecs, divulgou nota autorizando as empresas associadas a anteciparem os 8,%  de reajuste salarial, retroativo a junho. “Não podemos nos contentar com os 8%”, afirmou Leandro Velho. “É até bom que antecipem, mas não podemos nos iludir porque o aumento real nestes 8% é de apenas 1,56%, visto que a inflação no período foi de 6,44%, então a nossa luta não se encerra aí”, disse Velho durante as assembleias.

Os metalúrgicos reivindicam reajuste salarial de 14%, baseado na soma da inflação de 6,44% calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e 7,5% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acumulado nos últimos 12 meses e mais cerca de 70 cláusulas sociais. 

Diva Andrade Rodrigues 

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