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Dívida do IPE Saúde com hospitais chega a cerca de R$ 1 bilhão

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Na última sexta-feira, 18/03, representantes do IPE Saúde, Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul e a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (FEHOSUL) se reuniram para negociar sobre impasse que ameaçava os atendimentos no Estado. Entre os motivos, conforme a FEHOSUL e a federação das Santas Casas, são os atrasos nos repasses às unidades de saúde, a falta de reajustes sem acompanhar a inflação e a instituição da Tabela Própria de Remuneração.

Na ocasião, o IPE Saúde confirmou que possui uma dívida de cerca de R$ 1 bilhão com os 323 hospitais credenciados no Rio Grande do Sul. Na prática, quase um milhão de usuários no Estado teriam os atendimentos nas unidades hospitalares suspensos caso se concretize a rescisão do contrato. As federações chegaram a estabelecer um “aviso prévio” dos hospitais à autarquia, em caso de descumprimento das demandas, e protocolaram um documento no IPE Saúde pedindo, entre outras medidas, a elaboração de um calendário de pagamentos.

Também nesta sexta-feira, o Sindicato dos Servidores de Nível Superior do RS (Sintergs) se manifestou sobre o que chamou de “desmonte do IPE Saúde”, que, nas palavras do órgão, “faz parte da política de desmonte de Eduardo Leite e de outros governadores”. O Sintergs afirmou que está articulando, com outros sindicatos e entidades, o fortalecimento do órgão, defendendo “a cobrança dos devedores do Instituto, cujo passivo ultrapassa R$ 3,4 bilhões”, conforme levantamento de 2013, assim como a reposição da inflação ao salário dos servidores, o que ampliaria a receita do instituto.

Durante o encontro, o IPE Saúde informou sobre a prorrogação por 30 dias o início da vigência da tabela própria de remuneração de medicamentos, além de desenvolver o plano de reequilíbrio econômico-financeiro, o que, segundo o governo do Estado, “permitirá o equacionamento do passivo histórico, bem como a construção de um cenário de previsibilidade nos pagamentos”. “Estamos trabalhando em conjunto com as instituições hospitalares para a construção de uma solução que seja adequada a todos os envolvidos, dentro de um contexto de reequilíbrio”, disse o presidente do IPE Saúde, Bruno Jatene.

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