Em manifesto, Ciro Gomes diz que seguirá com candidatura até o fim do pleito
Na semana passada, intelectuais e políticos latino-americanos divulgaram uma carta pedindo a desistência de Ciro Gomes em nome do ‘voto útil‘
Na manhã desta segunda-feira, 26/09, o candidato à Presidência e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT) fez um “manifesto à população brasileira” ao lado da esposa, lideranças do partido e de apoiadores. No encontro realizado no comitê central da campanha, em São Paulo, Ciro disse que seguirá com sua candidatura até o fim do pleito e criticou as campanhas pelo chamado voto útil. A fala do candidato também foi transmitida via redes sociais.
“Nada deterá a minha disposição de seguir em frente a empunhar a bandeira do novo projeto nacional de desenvolvimento e, também, a denunciar os corruptos, farsantes e demagogos que tentam ludibriar a fé popular com suas falsas promessas”, disse. “Minha candidatura está de pé para defender o Brasil em qualquer circunstância. E meu nome continua posto, como firme e legítima opção, para livrar o país de um presente covarde e de um futuro amedrontador”, completou.
Na semana passada, intelectuais e políticos latino-americanos divulgaram uma carta pedindo a desistência de Ciro Gomes. O objetivo é reforçar o voto útil, ainda no primeiro turno. No chamado voto útil, o eleitor entende que, ao votar em determinado candidato que não lidera as pesquisas, pode estar desperdiçando seu voto, então, acaba votando em alguém com mais chances de ganhar.
Ciro criticou o que classificou como polarização da campanha eleitoral. “Para eliminar, na raiz, a diversidade do embate democrático, tentam transformá-lo, de forma artificial e prematura, no embate de duas forças que utilizam falsos argumentos morais para se tornarem hegemônicas”, disse. “As máquinas poderosas do lulismo e do bolsonarismo estão conseguindo ludibriar a percepção popular, passando a falsa ideia de que apenas um pode derrotar o outro”, destacou.
Para o pedetista, o argumento do voto útil priva os cidadãos do direito de expressar a pluralidade de ideias e valores da sociedade. “Na reta final da campanha mais vazia da história, embalam tudo no falso argumento do voto útil. Com essa pregação, querem eliminar a liberdade das pessoas de votarem no regime de dois turnos, primeiro no candidato que mais representa seus valores e, se for o caso, de optarem depois por aqueles que mais se aproximem de suas ideias”, disse.
O primeiro turno das eleições deste ano serão no próximo domingo, 02/10, e o segundo, em 30 de outubro. Além do pedetista, concorrem à Presidência: Felipe D’Ávila (Novo), Jair Bolsonaro (PL), Léo Péricles (UP), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Padre Kelmon (PTB), Simone Tebet (MDB), Sofia Manzano (PSB), Soraya Thronicke (União) e Vera Lúcia (PSTU).
Fonte: Agência Brasil