Em reunião com prefeitos, Governo do Estado suspende cogestão a partir de sábado

O governador do Estado, Eduardo Leite, em reunião com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Ministério Público, prefeitos de todo o Rio Grande do Sul e entidades, na tarde desta quinta-feira, 25/02, suspendeu o modelo de cogestão – quando os municípios podem adotar protocolos mais brandos de distanciamento controlado – por conta do aumento preocupante do número de casos em todo o Rio Grande do Sul. A suspensão é válida a partir de sábado (27/02) e segue até o dia 7 de março. Com a medida, os municípios terão que cumprir as regras que a bandeira da região impõe.

Os dados apresentados pela Secretaria do Estado apontam que, neste momento, seria necessária a criação de 60 novos leitos por dia para o atendimento de novos pacientes. A evolução da pandemia nos últimos dias é 4 vezes maior para a demanda de leitos clínicos e 3,2 maior em leitos de UTI. O Ministério Público Estadual manifestou apoio à proposta do governo do Estado. Leite defende que, a partir de sábado, 27/02, até o domingo, 07/02, não sejam adotados os protocolos dos modelos de cogestão. O mapa oficial do distanciamento controlado será divulgado nesta sexta-feira, 26/02. “Temos que agir de forma coordenada. Criar uma consciência coletiva, pois esta é uma situação absolutamente extraordinária. Mas para isso, precisamos do apoio de todos os prefeitos do Rio Grande do Sul”, afirmou o governador.

Na reunião, prefeitos e representantes de associações regionais puderam explanar sua opinião quanto à suspensão da cogestão. Embora nem todos tenham concordado com a proposta do governo do Estado, eles se comprometeram a cumprir a decisão anunciada. A Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), que representa os municípios da Serra, por exemplo, opinou pela continuidade da cogestão e cobrou ações da secretaria estadual de Saúde nas regiões onde os números são mais expressivos. O presidente da Amesne, José Carlos Breda, defendeu que região mantém a média de internações em leitos de UTI dos últimos meses e que a situação não tem se agravado significativamente, mas se mostrou preocupado com os dados apresentados pelo governador. “Entendemos que o modelo de cogestão seja a melhor opção, mas vamos cumprir a decisão que for imposta”, explanou. Leite comentou que, independe se uma região está melhor que a outra, vai chegar um momento que municípios terão que atender a demanda que chegam de outras localidades.

Apolo

 

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