Embaixatrizes descontentes entram na Justiça

Embaixatrizes insatisfeitas com o desenrolar da escolha das soberanas da Festa Nacional da Uva 2012, em Caxias do Sul, pediram na Justiça a divulgação das notas das candidatas nas avaliações dos jurados e teriam tido o pedido indeferido, em processo que está sob segredo de Justiça. A polêmica, iniciada logo após a escolha da rainha Roberta Veber Toscan e das princesas Aline Casagrande e Kelin Zanette, promete novos capítulos, já que a advogada das embaixatrizes, Maria Augustina Fafreldines Albert, promete recorrer para que os resultados da escolha sejam revelados. A Comissão Comunitária da Festa da Uva publicou nota reiterando que não irá revelar as notas.

Em carta aberta, mas não assinada, as embaixatrizes descontentes dizem que, ao contrário do que foi divulgado pela organização da festa, não consta no regulamento da escolha das soberanas distribuído a elas que as notas não seriam divulgadas. O documento diz ainda que as embaixatrizes não questionam a escolha realizada, “mas sim a transparência do processo”, e garante que as meninas aceitaram participar da Festa da Uva independente do resultado. “Pensamos que quem participa deve saber porque venceu ou não venceu. Trata-se de ética e respeito aos apoiadores e a toda a comunidade que se envolve das mais diversas maneiras. Nossa luta é apenas pelo acesso a notas. Causa-nos estranheza que tal solicitação tenha gerado tanta polêmica”, diz a nota.

A Comissão Comunitária da Festa da Uva, no entanto, não cedeu aos pedidos das candidatas. “No intuito de trabalhar para a elevação e preservação da imagem da cidade de Caxias do Sul perante outras comunidades, Estados e país, informamos que as notas das candidatas não serão divulgadas”, informou, em nota, a comissão, defendendo ainda que na construção da festa “há etapas não-comparáveis aos procedimentos ordinários de outras atividades” e que as regras do concurso são claras. “A grandeza da Festa Nacional da Uva está acima de interesses particulares e eventuais divergências”, finaliza, na nota, a comissão.

Sem detalhes

A advogada Maria Augustina Fafreldines Albert confirma estar representando as embaixatrizes, mas não revela o número de candidatas que entraram na Justiça e nem detalhes do processo. Ela diz apenas que não pode fazer comentários por conta do segredo de Justiça. Dias após a escolha da corte, dez meninas procuraram a Comissão Comunitária da Festa da Uva para pedir a divulgação das notas, afirmando estarem representando outras sete candidatas.

Em entrevista ao SERRANOSSA quando eleita, a rainha Roberta Veber Toscan antecipou-se às perguntas e garantiu que tem recebido carinho e apoio e que a escolha tem respaldo da comunidade. Agora, a rainha tem preferido evitar a polêmica e ater-se à agenda das soberanas.

 

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