Entidade entrega para Alckmin 40 medidas “urgentes e necessárias” para a indústria gaúcha

Segundo a FIERGS, a situação atual, com perdas e produções interrompidas, irá ocasionar uma drástica redução na atividade econômica no Estado

Foto: Mauricio Tonetto/Secom

Um documento com mais de 40 medidas consideradas “urgentes e necessárias ao reerguimento da indústria gaúcha” foi entregue pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), nesta sexta-feira, 17/05.  

Denominado Pleitos da Indústria Gaúcha para a Reconstrução do Estado do Rio Grande do Sul, o documento foi elaborado a partir do Estudo dos Impactos Econômicos realizado pela FIERGS por conta da situação de calamidade pública com as inundações em aproximadamente 450 municípios gaúchos.

Uma comitiva de industriais, liderada pelo presidente em exercício da entidade, Arildo Bennech Oliveira, foi recebida no gabinete da vice-presidência, no Palácio do Planalto, em Brasília.

“A indústria gaúcha foi mais de 90% afetada, porque atingiu as suas regiões mais industrializadas. Faremos todo o empenho para recuperar o mais rapidamente a atividade e manter empregos. Não faltarão recursos, o fundo garantidor e as linhas de crédito devem ser para tudo, desde capital de giro, recomposição de máquinas, equipamentos e prédios”, garantiu Alckmin, antecipando que nos próximos dias será promulgada a Lei da Depreciação Acelerada para renovação de máquinas e equipamentos.

Segundo o presidente em exercício da FIERGS, Arildo Bennech Oliveira, o crédito para as empresas, legislação trabalhista e impostos são os temas mais urgentes, para que empregos possam ser preservados. Ele cita a importância de ser regulamentada a Lei 14.437/2022, instituindo o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

Foto: Augusto Coelho/CNI

“Precisamos ser rápidos, acreditamos que se essas medidas forem tomadas e o dinheiro chegar a tempo certamente nós vamos ter o Estado novamente de pé em três anos”, disse o presidente em exercício da FIERGS.

Segundo a FIERGS, a situação atual, com perdas e produções interrompidas, irá ocasionar uma drástica redução na atividade econômica no Estado e demandará um esforço muito grande para a recuperação e manutenção em atividade dos segmentos produtivos, mesmo que em regime precário, durante os próximos meses.

O documento entregue a Alckmin, que também ocupa o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, é dividido em sete pontos: Crédito e Financiamento, Regulação, Tributação, Relações do Trabalho, Infraestrutura, Meio Ambiente e Comércio Exterior (eles podem ser conferidos em detalhes aqui).

Acompanharam o presidente em exercício Arildo Bennech Oliveira a Brasília os industriais Cláudio Affonso Amoretti Bier, Thômaz Nunnenkamp, Cezar Luiz Muller, Mauro Bellini, Guilherme Scozziero, André Gerdau Johannpeter e Daniel Randon, além do advogado Rafael Pandolfo. Pelo Governo Federal, estiveram também o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e o secretário de Política Agrícola, Neri Geller.

Fonte: FIERGS

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