Entidades defendem manutenção das atividades econômicas
Diante da classificação da região de Caxias do Sul [Serra Gaúcha] em bandeira preta no modelo do Distanciamento Controlado do Estado, diversas entidades foram a público expressar sua preocupação com o novo fechamento de setores como o comércio. Em nota, o Sindilojas Regional Bento defendeu a manutenção do modelo de cogestão, que permite a adoção de protocolos mais brandos mesmo que a Serra continue em bandeira preta. A suspensão desse modelo está sendo cogitada pelo governo do RS. “Estamos pensando na saúde de todos. Desde o início desta pandemia, atuamos na divulgação e orientação quanto a prevenção, tanto entre nossos associados, quanto junto a comunidade em geral. Os cuidados precisam ser de verdade e a prevenção está nas mãos de cada um. Já provamos que o comércio não é um propagador do vírus. Aliás, este setor vem fazendo tudo o que está ao seu alcance para garantir a segurança de seus funcionários e clientes e, assim, poder seguir de portar abertas, lutando pela sobrevivência de todos”, destaca o presidente do Sindilojas Regional Bento, Daniel Amadio.
O posicionamento do Sindilojas é alinhado ao da Fecomércio-RS, a qual afirma que o fechamento do comércio não é medida efetiva no controle da pandemia. “A entidade apoia a adoção de medidas restritivas pontuais, como restrições quanto à ocupação máxima dos espaços e fechamentos de atividades entre as 22h e às 5h, reduzindo a incidência de festas e aglomerações. No entanto, a Fecomércio-RS alerta que o fechamento do comércio não apenas é uma medida equivocada com relação ao controle da pandemia, bem como agrava a situação de crise e o desemprego, comprometendo a renda e a qualidade de vida de milhões de gaúchos”, declarou a entidade em nota.
O CIC-BG também demonstrou preocupação com a interrupção das atividades produtivas da Serra, ressaltando que o momento é ainda de recuperação para a indústria, o comércio e o setor de serviços. “Forçá-los a parar de trabalhar, ou a reduzir drasticamente sua capacidade de operação, será extremamente danoso e, principalmente, ineficiente diante da finalidade a que se propõe a medida”, avalia o presidente da entidade, Rogério Capoani. “Por isso estamos concentrados em reverter essa classificação. Já tivemos cenários menos favoráveis, comprovados através dos números e dados, em momentos passados, como o mês de dezembro, por exemplo, e não fomos enquadrados na bandeira preta. Temos ciência, sim, de que o momento é delicado e requer cuidados redobrados, cumprimento aos protocolos de segurança no combate ao COVID 19, mas reiteramos a necessidade e adequada condição de darmos sequência nas atividades econômicas, sejam elas ligadas à indústria, comércio ou serviços diversos”, afirma Capoani.